Linha do Dão
A Linha do Dão foi das primeiras vias-férreas de bitola estreita (via métrica) de Portugal. Inaugurada a 25 de Novembro de 1890, foi a primeira via-férrea a atingir Viseu, muitos anos antes da Linha do Vouga.
A sua construtora, a CN - Companhia Nacional de Caminhos-de-Ferro, foi a mesma responsável pela construção da Linha do Tua, inaugurada em 1887. As semelhanças entre estas duas vias estreitas passam ainda pela partilha do mesmo engenheiro: Dinis da Mota.Começando na estação de Santa Comba Dão, na Linha da Beira Alta, a Linha do Dão passaria ainda por Tondela, atravessando as terras do Dão, até chegar à estação de Viseu.
Aquando da inauguração da Linha do Vouga, ambas as linhas se encontrariam a poucos metros da estação de Viseu.
Num breve período da década de 1970, a Linha do Vouga foi encerrada, dando-se como justificação desta decisão o facto das antigas locomotivas a vapor provocarem incêndios. Até à sua reabertura após o 25 de Abril, com material a diesel — as célebres automotoras Allan - foi a Linha do Dão quem continuou a garantir a Viseu a afluência de comboios e a sua ligação à restante rede ferroviária nacional.Em Agosto de 1972 o serviço de mercadorias foi encerrado.
A Linha do Dão viria a ser encerrada em 25 de Setembro de 1988. Em 1 de Janeiro de 1990 seria a vez da Linha do Vouga ser encerrada pela segunda vez, entre Sernada do Vouga e Viseu, deixando esta capital de distrito com o título da «maior cidade europeia sem comboio».
Entre 1997 e 1999 os carris foram levantados, bem como o balastro e as travessas, deixando o leito ferroviário sem mais nenhuma estrutura. Actualmente a Linha do Dão encontra-se emconversão para ciclovia, tendo sido inaugurado otroço entre Viseu e Figueiró em Maio de 2007.
A ciclovia tem um total de 8,42 km e prevê-se oseu alargamento até Santa Comba Dão. Nesta linha encontram-se várias obras de arte ,sendo elas, quatro pontes e dois túneis : Ponte Ferrugem (sobre o Rio Dão) ; Ponte de Treixedo; Ponte de Tinhela ; Ponte de Mosteirinho ; Túnel da Parada ; Túnel de Figueiró. Ao longo da via encontram-se nove estações, a maioria em ruínas, e oito apeadeiros, alguns desaparecidos.
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