Movimento Cívico pela Linha do Vouga

"Estamos na luta pela Linha do Vouga. Todos nós sonhamos com algo e todos nós ambicionamos algo. Aquilo com que sonhamos e com que ambicionamos é que a via estreita tenha um futuro e não um fim. Queremos que preservem a última linha de via estreita do país, que a renovem, que lhe "limpem a cara". Não queremos que a eliminem pois faz parte da nossa história. Queremos que os nossos filhos, netos e bisnetos, possam, no futuro, desfrutar das mesmas aventuras que todos nós (ainda) podemos desfrutar. A história da Linha do Vouga é algo que tem de ser preservado, pois um país que não preserve a sua história, não é um país. A via tem um potencial turístico enorme, assim como uma afluência de passageiros que consideramos sustentável caso a oferta de comboios seja melhorada. Em Espanha, encontram-se alguns exemplos de como a via estreita pode ser rentável no século XXI, basta para isso algum dinamismo e vontade política para que isso aconteça de igual modo em Portugal."

A Linha do Vouga Propostas e Reivindicações

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Publicações

sábado, 30 de novembro de 2024

Participe no episódio especial de Natal do podcast Vouga em Movimento

Por forma a tornarmos o episódio de Natal mais interativo, o MCLV desafia todos os seus amigos e seguidores a participarem no nosso podcast Vouga em Movimento. 

Para isso, basta enviarem-nos um áudio curto com uma pequena história que envolva preferencialmente o nosso Vouguinha, ou  então algo relacionado com a ferrovia nacional, e que em ambos os casos possa terminar com uma simples mensagem ou dedicatória de Natal. 

Responda de forma positiva a este desafio e envie-nos o seu áudio! Embarque connosco neste podcast que promete deixar o Vouga em movimento! 

Entretanto, aproveite e oiça os episódios anteriores disponíveis no nosso site ou nas seguintes plataformas: 

-Youtube  


Condições de participação: 

• Apenas serão considerados válidos os áudios que respeitem os pressupostos acima mencionados e que não excedam 90 segundos;

• Caso o número de participações seja superior a 20, apenas as 20 primeiras serão seleccionadas por ordem de receção dos áudios;

• Áudios com conteúdo reivindicativo serão tolerados. Áudios com conteúdo considerado ofensivo ou que atente às premissas deste movimento cívico não serão considerados válidos;

• Os áudios deverão estar devidamente identificados com o nome e localidade do participante e deverão ser-nos enviados por mensagem privada através das nossas redes sociais ou para o nosso email (valedvouga@gmail.com) no máximo até ao dia 22 de dezembro.

MCLV, 30 de novembro de 2024

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

A evolução do restauro da locomotiva CP9005 e o regresso da Allan CP9310 aos carris

Allan CP9310 no exterior das oficinas de Guifões, a 23 de novembro de 2024. Foto: Histórias de Comboios

A propósito da celebração do seu 47° aniversário, a APAC organizou uma viagem especial para visita ao Complexo Oficinal de Guifões. 

Foi durante esta iniciativa comemorativa, realizada no passado dia 23, que os participantes foram surpreendidos com o regresso da Allan CP9310 aos carris, onde nela puderam viajar algumas centenas de metros no interior do complexo. 

Entre outros trabalhos de relevo, também foi possível observar a evolução da recuperação da locomotiva CP9005, a qual poderá vir a ser uma mais valia para a fiabilidade da operação do Comboio Histórico do Vouga. 

Deste modo, é com grande expectativa que o MCLV aguarda o regresso destas duas composições à Linha do Vouga, tornando a sua oferta turística ainda mais robusta e apetecível. Segundo fonte da CP, a transferência destas composições estará dependente da libertação de espaço nas cocheiras de Sernada do Vouga, o que só deverá acontecer aquando da ampliação do Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga.

Fotos: Marco Cambinas

Vídeo: APAC

MCLV, 29 de novembro de 2024

sábado, 23 de novembro de 2024

Vouga em Movimento: polémicas escaldantes e novidades fresquinhas


O podcast Vouga em Movimento regressa para o quarto episódio da segunda temporada, apresentando um conteúdo bastante especial, não só porque é lançado no dia em que a Linha do Vouga celebra os seus 116 anos de existência, mas também porque nos trás algumas novidades bem interessantes. 

Desde as mais recentes polémicas discutidas na Assembleia da República, que têm a ver com o futuro desta infraestrutura ferroviária, às novidades mais apaixonantes relacionadas com o futuro do comboio histórico, não vão faltar motivos para ouvir esta edição. Para despertar a curiosidade, vamos apenas revelar que, dentro de dois anos, o Comboio Histórico do Vouga poderá receber uma nova locomotiva a vapor para funcionar no verão...


Episódio também disponível no Spotify, aqui.

MCLV, 23 de novembro de 2024

Linha do Vouga completa 116 anos!

Foi há 116 anos que el rei D. Manuel II inaugurou a Linha do Vouga. A 23 de novembro de 1908, o último monarca de Portugal percorria o primeiro troço desta linha, entre Espinho e Oliveira de Azeméis, naquela que é agora a última em via estreita em funcionamento no nosso país. 


Atualmente, a via férrea que continua a ligar Espinho a Aveiro pelo interior do distrito, encontra-se em processo de requalificação e este ano trouxe alguns avanços a esse respeito, nomeadamente o início dos trabalhos de renovação de via do troço central, assim como a adjudicação de iguais trabalhos para o troço Feira-Espinho e o lançamento do concurso público para o troço Águeda-Aveiro. 


Por mais 116 anos ao serviço das populações aveirenses! Muitos parabéns à Linha do Vouga e ao nosso querido Vouguinha!


MCLV, 23 de novembro de 2024

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

IP confirma que irá repor os AMV no troço central

Cruzamento de duas automotoras Allan, na estação de Pinheiro da Bemposta, em 1999. Foto: Maarten Van der Velden

Embora sem garantir se o fará ainda durante os trabalhos de renovação integral de via que estão a decorrer, a Infraestruturas de Portugal (IP) confirmou-nos esta semana que irá mesmo repor os Aparelhos de Mudança de Via (AMV, vulgo agulhas) nas estações de Pinheiro da Bemposta e de Albergaria-a-Velha. 

Tratam-se de boas notícias, já que depois de toda a polémica em torno deste assunto e de todos os nossos alertas para o erro que se estaria a cometer, a IP terá mesmo reconsiderado o projeto de renovação do troço central, que não previa a reposição dos ditos AMV e vai, por isso, repor os layouts daquelas estações para permitir cruzamentos de comboios. 

A empresa pública informou, também, que a reativação daquele troço irá dotar estas estações para o serviço comercial, encontrando-se os AMV em processo de aquisição, sendo que efetuará a instalação dos mesmos assim que se considerar oportuno. 

MCLV, 21 de novembro de 2024

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Estará o Governo a estudar o que já estava estudado para mudar o que já estava decidido?

Avanço da modernização da Linha do Vouga volta a estar ameaçado com opção do atual governo por mais um estudo

No passado dia 7 de novembro, decorreu na Assembleia da República a audição ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, no âmbito do debate na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025. 

O Ministro Miguel Pinto Luz foi questionado pelos deputados aveirenses Susana Correia (PS) e Paulo Cavaleiro (PSD) sobre a requalificação e modernização da Rede Ferroviária Nacional, designadamente sobre as novas decisões que estão tomadas para Linha do Vouga. 


Na interpelação, a deputada socialista começou por apontar que "neste momento o que eram objetivos claros e decisões já tomadas (pelo anterior governo), vertidas no Plano Ferroviário Nacional, passaram a declarações opacas e decisões desconhecidas". Admite ainda que, daquilo que tem ouvido, agora "está tudo em aberto" e critica o governo atual por não "adiantar mais detalhes”. 


Partilhando as mesmas preocupações que este movimento cívico, Susana Correia afirmou ainda que o seu partido está convicto de que "corremos o risco de levantar os carris e, tal como aconteceu com grande parte da rede de via estreita em Portugal, nunca mais serem colocados novos”. No fim da sua intervenção, voltou a apontar o dedo à atual tutela, relembrando que foi durante a governação PSD/CDS que se propôs o encerramento daquela linha, no então designado “Plano estratégico de Transportes” de 2011. 


Já Paulo Cavaleiro, apresentando-se como um dos principais defensores da mudança da bitola no troço norte da Linha do Vouga, saudou a tutela e mostrou-se agradado pelo facto da nota explicativa do Orçamento de Estado ir ao encontro das suas pretensões, visto ser objetivo deste governo, e passamos a citar, "o prosseguimento dos estudos e projetos em curso e a contratação do estudo de viabiliade técnica e ambiental da Linha do Vouga". 


Partilhando também da mesma preocupação deste movimento cívico, o deputado social-democrata apelou à inclusão da Linha do Vouga no sistema intermodal Andante, considerando que "é importante garantir que o maior elemento de coesão territorial da Área Metropolitana do Porto, o Andante, chegue à Linha do Vouga". 


Em resposta aos referidos deputados, o Ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, fez alguma confusão entre supostas "reuniões secretas" e o evidente secretismo com o qual consideramos ter estado envolto o resultado dessas mesmas reuniões com os autarcas da zona sul da AMP, e defendeu-se perante essa situação afirmando que "o processo é absolutamente transparente". Recordou, ainda, que a Linha do Vouga está em intervenção pela sua modernização e confirmou que o governo está a estudar como é que a esta via férrea poderá ser ligada à Linha do Norte, revelando que a solução ainda não está fechada. O Ministro foi ainda mais longe e confirmou também que a tutela estará "a pensar numa solução ainda mais perene que possa criar sinergias, nomeadamente com a Linha do Norte" e, como tal, encontra-se "a fazer os estudos para prosseguir com esse objetivo". 


Ora, relembramos que terá sido precisamente um estudo de impacte ambiental que reprovou a ligação direta da Linha do Vouga à Linha do Norte, em Silvalde (Espinho), devido à proximidade ao campo de golfe ali existente, o que terá acabado por se revelar o fator determinante que levou o governo anterior a optar por planear a sua modernização mantendo a bitola métrica e extendendo a via à superfície até junto da estação de Espinho, por forma a repor ali a extinta interface. 


Perante a opção do atual governo em gastar verbas em mais um estudo, ao invés de, por exemplo, avançar com os trabalhos necessários para a reposição da dita interface em Espinho, partilhamos portanto da opinião de que o que era uma certeza voltou a ser uma indecisão. A obsessão instalada pela mudança da bitola no troço norte só servirá para atrasar ainda mais o processo de modernização que já se arrasta há anos e voltamos a alertar, uma vez mais, que continuar a alimentar ilusões de mudança de bitola para a Linha do Vouga, é seguir por um caminho perigoso que pode, na pior das hipóteses, levar ao seu encerramento definitivo.


MCLV, 19 de novembro de 2024 

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