Assim, e atendendo às últimas notícias veiculadas por diversos meios de imprensa escrita regional e nacional, referentes tanto à conclusão da reabilitação da infraestrutura, como às intenções da operadora quanto à futura exploração comercial, não podemos aceitar que no imediato não sejam repostas, pelo menos, as circulações existentes antes da suspensão do serviço ferroviário neste troço, no ano de 2013, e que é atualmente realizado por via do táxi.
Por isso, no nosso entender, no imediato compete à Infraestruturas de Portugal:
1) Criar as condições mínimas necessárias para que seja colocado um funcionário, provisoriamente, nas passagem de nível com guarda sem automatização, nomeadamente à saída de Oliveira de Azeméis e à entrada de Albergaria-a-Velha;
2) Colocar plataformas provisórias nas paragens que não estejam, atualmente, dotadas das condições mínimas exigidas pela operadora (a exemplo do que se fez na Linha de Leixões);
3) Acelerar ao máximo o processo de reposição dos Aparelhos de Mudança de Via (AMV's) para que a operadora possa futuramente implementar horários mais atrativos.
Compete, ainda, à CP:
1) Logo que a IP crie as condições anteriormente referidas, repor imediatamente as circulações do serviço ferroviário previamente existentes aquando da sua suspensão;
2) No imediato, tornar o serviço mais atrativo, adicionando, pelo menos, mais uma circulação em cada sentido, na parte da manhã e da tarde, preferencialmente de modo a que seja reduzido ou anulado o longo tempo de espera de ligação com as circulações do troço sul, que se verifica atualmente em Sernada do Vouga.
O MCLV relembra a necessidade da rápida atenção a esta nossa reivindicação pelos seguintes motivos:
1) O troço central da Linha do Vouga permite ligar e servir duas importantes zonas industriais do distrito de Aveiro, nomeadamente as de Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha, passando pelo pólo industrial de Travanca;
2) Ainda que alguns apeadeiros estejam relativamente afastados das zonas de maior concentração, este troço atravessa zonas densamente povoadas;
3) Permite aliviar o forte congestionamento de trânsito que se verifica na N1/IC2 que acompanha a linha ao longo deste trajeto;
4) Permite que todos os pólos da Universidade de Aveiro estejam ligados por ferrovia;
5) A ausência das agulhas (AMV's) nas estações de cruzamento, nomeadamente Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha, não interfere com a reposição das circulações existentes antes da suspensão do serviço ferroviário;
6) Permite que a exploração turística seja estendida a toda a extensão da linha.
Ademais, esta nossa reivindicação foi já corroborada por Frederico Francisco, ex-secretário de estado do ministério das Infraestruturas, atual deputado da Assembleia da República e especialista em ferrovia. Nas suas redes sociais, o atual deputado afirma que "não há nenhuma boa razão para que o serviço ferroviário entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga não seja retomado de imediato, após a conclusão das obras de renovação da linha" e, no seu entender, "na versão mínima, o serviço rodoviário que existe hoje seria substituído por comboio", pelo que "ter um serviço ferroviário não ideal é melhor de que não ter nenhum".
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