Movimento Cívico pela Linha do Vouga

"Estamos na luta pela Linha do Vouga. Todos nós sonhamos com algo e todos nós ambicionamos algo. Aquilo com que sonhamos e com que ambicionamos é que a via estreita tenha um futuro e não um fim. Queremos que preservem a última linha de via estreita do país, que a renovem, que lhe "limpem a cara". Não queremos que a eliminem pois faz parte da nossa história. Queremos que os nossos filhos, netos e bisnetos, possam, no futuro, desfrutar das mesmas aventuras que todos nós (ainda) podemos desfrutar. A história da Linha do Vouga é algo que tem de ser preservado, pois um país que não preserve a sua história, não é um país. A via tem um potencial turístico enorme, assim como uma afluência de passageiros que consideramos sustentável caso a oferta de comboios seja melhorada. Em Espanha, encontram-se alguns exemplos de como a via estreita pode ser rentável no século XXI, basta para isso algum dinamismo e vontade política para que isso aconteça de igual modo em Portugal."

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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Comunicado


O Movimento Cívico pela Linha do Vouga vem por este meio apelar e exigir ao Governo de Portugal e às empresas públicas por este mandatadas e que gerem a nossa ferrovia, nomeadamente, a Infraestruturas de Portugal e a CP - Comboios de Portugal, para que tomem as diligências necessárias que permitam a imediata reposição do serviço comercial ferroviário no troço central da Linha do Vouga, entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga. 


Assim, e atendendo às últimas notícias veiculadas por diversos meios de imprensa escrita regional e nacional referentes tanto à conclusão da reabilitação da infraestrutura, como às intenções da operadora quanto à futura exploração comercial, não podemos aceitar que no imediato não sejam repostas, pelo menos, as circulações existentes antes da suspensão do serviço ferroviário neste troço, no ano de 2013, e que é atualmente realizado por via do táxi. 


Por isso, no nosso entender, no imediato compete à Infraestruturas de Portugal: 


1) Criar as condições mínimas necessárias para que seja colocado um funcionário, provisoriamente, nas passagem de nível com guarda sem automatização, nomeadamente à saída de Oliveira de Azeméis e à entrada de Albergaria-a-Velha; 


2) Colocar plataformas provisórias nas paragens que não estejam, atualmente, dotadas das condições mínimas exigidas pela operadora (a exemplo do que se fez na Linha de Leixões); 


3) Acelerar ao máximo o processo de reposição dos Aparelhos de Mudança de Via (AMV's) para que a operadora possa futuramente implementar horários mais atrativos. 


Compete, ainda, à CP: 


1) Logo que a IP crie as condições anteriormente referidas, repor imediatamente as circulações do serviço ferroviário previamente existentes aquando da sua suspensão; 


2) No imediato, tornar o serviço mais atrativo, adicionando, pelo menos, mais uma circulação em cada sentido, na parte da manhã e da tarde, preferencialmente de modo a que seja reduzido ou anulado o longo tempo de espera de ligação com as circulações do troço sul, que se verifica atualmente em Sernada do Vouga. 


O MCLV relembra a necessidade da rápida atenção a esta nossa reivindicação pelos seguintes motivos: 


1) O troço central da Linha do Vouga permite ligar e servir duas importantes zonas industriais do distrito de Aveiro, nomeadamente as de Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha, passando pelo pólo industrial de Travanca; 


2) Ainda que alguns apeadeiros estejam relativamente afastados das zonas de maior concentração, este troço atravessa zonas densamente povoadas; 


3) Permite aliviar o forte congestionamento de trânsito que se verifica na N1/IC2 que acompanha a linha ao longo deste trajeto; 


4) Permite que todos os pólos da Universidade de Aveiro estejam ligados por ferrovia; 


5) A ausência das agulhas (AMV's) nas estações de cruzamento, nomeadamente Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha, não interfere com a reposição das circulações existentes antes da suspensão do serviço ferroviário; 


6) Permite que a exploração turística seja estendida a toda a extensão da linha. 


Ademais, esta nossa reivindicação foi já corroborada por Frederico Francisco, ex-secretário de estado do ministério das Infraestruturas, atual deputado da Assembleia da República e especialista em ferrovia. Nas suas redes sociais, o atual deputado afirma que "não há nenhuma boa razão para que o serviço ferroviário entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga não seja retomado de imediato, após a conclusão das obras de renovação da linha", e no seu entender, "na versão mínima, o serviço rodoviário que existe hoje seria substituído por comboio", pelo que "ter um serviço ferroviário não ideal é melhor de que não ter nenhum".


domingo, 10 de agosto de 2025

Imagens incríveis da 'Rampa de Albergaria' após a sua recente renovação


No vídeo que aqui partilhamos, com uma perspectiva aérea como nunca antes visto, podemos observar uma automotora UDD 9630 a percorrer os 4 quilómetros deste verdadeiro ex-líbris da Linha do Vouga, o qual permite vencer o desnível de quase cem metros de altitude, entre Albergaria-a-Velha e Sernada do Vouga. 



Autoria do vídeo: Fernando Liberato


quinta-feira, 7 de agosto de 2025

O 'antes e depois' da renovação do troço central

Desde o seu ínicio, em fevereiro de 2024, até ao anúncio da sua conclusão, a empreitada de renovação do troço central da Linha da Vouga demorou cerca de um ano e meio.


Apesar de ter sido adjudicada com um prazo de execução de um ano, a verdade é que esta empreitada ter-se-á estendido em seis meses para além do previsto, tendo a IP anunciado a sua conclusão no início do presente mês. Segundo a gestora da infraestrutura, "a reabilitação da Linha do Vouga reforça a atratividade do transporte ferroviário enquanto alternativa segura, confortável e ambientalmente sustentável", sendo que a intervenção neste troço "representou um investimento de 6,2 milhões de euros" .

Com o objetivo de reforçar "os níveis de fiabilidade, segurança, conforto e qualidade de serviço da infraestrutura ferroviária", a intervenção passou essencialmente pela "renovação da superestrutura de via, com substituição integral de carris, travessas e fixações, balastragem e ataque mecânico pesado".

Realçamos que estes trabalhos de renovação do troço central não foram no âmbito de uma modernização, mas antes de manutenção corrente que permitiu repor as normais condições de circulação numa via que se encontrava completamente degradada, e desde 2013, sem serviço comercial de passageiros. 

As fotos que aqui divulgamos foram captadas ao longo do último ano e meio, e ilustram o "antes e depois" da intervenção neste troço, sendo que as melhorias são bem visíveis. A sua reabilitação permite, não só facilitar a rotação do material circulante entre os principais troços, mas abre, também, boas perspetivas para a reativação da sua exploração comercial, quer do ponto de vista do serviço regular, quer do ponto de vista do serviço turístico. Nesse sentido, é necessário repor os cruzamentos, sendo que a IP acabou por confirmar que "está ainda prevista, a partir de 2026, uma intervenção complementar que permitirá reinstalar o cruzamento de comboios nas estações de Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha". 

Terminamos, relembrando que estes trabalhos tiveram início há cerca de um ano e meio, mais concretamente em meados de fevereiro de 2024, com a instalação de um estaleiro de obra em Travanca (Oliveira de Azeméis). A empreitada incidiu nos 29 quilómetros que ligam Oliveira de Azeméis a Sernada do Vouga, tendo sido executados pelas empresas Mota-Engil Railway Engineering SA e pela subcontratada Socicarril. Esperamos, assim, que o serviço ferroviário de passageiros seja reposto no próximo ano.


Galeria de imagens


Autoria das fotos: Bruno Soares


sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Carta aberta aos presidentes de câmara servidos pela Linha do Vouga


Exmos. Srs. Presidentes de Câmara, Maria Manuel Cruz, Amadeu Albergaria, Jorge Sequeira, Joaquim Jorge, António Loureiro, Jorge Almeida e Ribau Esteves,


Da mesma forma que procuramos alertar e apelar a Miguel Pinto Luz para esta problemática, dirigimo-nos, agora, por este meio a vossas excelências para pedir uma melhoria geral das condições na Linha do Vouga. 


Como tão bem devem saber, a linha que defendemos atravessa o distrito de Aveiro ligando Espinho à sua capital, passando por Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda. Esta nossa linha passa junto a várias zonas industriais localizadas precisamente no coração de uma das regiões industriais mais importantes do país. No entanto, os comboios atuais circulam apenas entre as 6h e as 21h, o que não serve minimamente as necessidades de quem trabalha por turnos nesta região. 


A CP justifica que alterar horários envolve mexer nas escalas dos maquinistas. Vimos por este meio pedir a vossa intervenção, em conjunto com os empresários e sindicatos da região, para que sejam elaborados novos horários que reflitam e acedam às necessidades impostas pela realidade atual dos horários de trabalho, para que os operários vejam cumprido o direito ao transporte previsto na constituição. Além disso, mais comboios e horários ajustados permitirá libertar as estradas de muitos carros, visto que esta é uma das regiões onde as pessoas mais estão dependentes do automóvel, o que como bem saberão não ajuda ao cumprimento das metas climáticas. 


Estamos perfeitamente cientes de que outro grande entrave à concretização deste nosso apelo para a melhoria dos horários prende-se com a falta de material circulante. Infelizmente, nos últimos anos, a discussão centrou-se em demasia na mudança da bitola da Linha do Vouga, algo que estamos convictos de que não é minimamente necessário. O que é necessário é a reposição da interface com a Linha do Norte, em Espinho, e a criação de uma nova com a futura linha de Alta Velocidade, no concelho de Santa Maria da Feira. 


O serviço comercial diário tem vindo a ser negligenciado, já que assistimos muitas vezes a atrasos e supressões que se devem, ora a avarias constantes do material circulante, ora a falta de revisores. A bitola estreita, que muitos criticam, acaba por ser uma mais valia no que toca à aquisição de material circulante, visto que há linhas de bitola estreita na Europa e um pouco por todo o mundo, logo será muito mais fácil adquirir material de bitola estreita do que bitola ibérica. Sentimos, também, que o combate ao vandalismo também tem vindo a ser negligenciado, ora por parte da operadora que não procede à rápida remoção dos grafitis, ora por parte do próprio gestor da infraestrutura que não acautela os meios necessários para que tais atos possam ser minimizados. 


Aplaudimos a integração no sistema Andante do troço da Linha do Vouga que está inserido na AMP, no entanto continua a faltar a modernização do sistema de bilhética com a implementação de máquinas automáticas, por exemplo. 


Por último, apelamos a vossas excelências para que ajudem a replicar em toda a linha a iniciativa da câmara de Águeda, que junto com a IP e a CP, tem projetado a criação de novos apeadeiros e a relocalização de outros tantos. Pedimos-vos, assim, para que reúnam e discutam entre vós para algo seja feito, de preferência, com a maior rapidez possível. 


Falta, ainda, resolver outras situações básicas como seja a automatização de passagens de nível, correção de traçado onde for possível e a eventual eletrificação, mas enquanto a região espera por isso, as medidas que aqui vos pedimos melhorariam substancialmente o serviço e a mobilidade no nosso distrito de Aveiro. 


Aguardamos a vossa resposta, 


Com os melhores cumprimentos, 


Movimento Cívico pela Linha do Vouga


quarta-feira, 23 de julho de 2025

Regresso e testes da locomotiva CP 9005 na Linha do Vouga

Locomotiva CP 9005 pronta a tracionar o comboio histórico para marcha de ensaios. Foto: Vitor Gomes

Neste vídeo, mostramos o momento exato em que, no passado dia 17 de julho, em Aveiro, a locomotiva Euskalduna/Alsthom CP 9005 regressou à Linha do Vouga, após um longo período de restauro nas oficinas da CP. Nos últimos dias, têm decorrido as respetivas marchas de ensaio, nas quais, inclusive, a histórica locomotiva diesel já tracionou o comboio histórico, entre Sernada do Vouga e Aveiro.


 🎬 Créditos: Imagens captadas por Bruno Soares e Vitor Gomes

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Vouga em Movimento: Autarca meu, autarca meu, quem tem mais razão do que eu?


O podcast Vouga em Movimento regressa para o seu oitavo episódio da atual temporada, no qual abordarmos a mais recente polémica a envolver o MCLV e o autarca de Santa Maria da Feira. Para esmiuçar o assunto, contamos com a opinião de Daniel Conde, o grande ativista ferroviário e administrador da famosa página "Via Estreita". 

Trazemos ainda a apresentação de João Oliveira, o mais recente membro impulsionar do nosso movimento cívico. Finalizamos este episódio com breves novidades relativamente ao Comboio Histórico e à recuperação da locomotiva a vapor CP E214.


Episódio também disponível no Spotify, aqui.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

MCLV lamenta atitude de autarca da Feira

Na última segunda-feira, o nosso representante Mário Pereira assistiu à assembleia municipal de Santa Maria da Feira, onde aproveitou o tempo de intervenção do público para falar sobre a Linha do Vouga. 

Nas imagens que aqui partilhamos, como se pode ver na sua intervenção, o nosso representante, que apesar de ser natural de Coimbra, reside há dois anos no concelho feirense e há mais de treze no distrito de Aveiro, limitou-se a lançar um encarecido apelo aos autarcas daquela região para que seja adoptada uma solução que permita uma rápida modernização daquela via férrea, evitando assim erros cometidos noutras regiões do país, nomeadamente, em Coimbra. 

Para corroborar a sua tese, Mário Pereira referiu inclusive a opinião dada por um especialista em ferrovia e ex-presidente da CP, o Eng. Nuno Freitas, que para além de ser natural de São João da Madeira, tem uma visão para a Linha do Vouga que vai ao encontro das ambições do nosso movimento cívico. Movimento informal, constituído e representado por pessoas do povo, que não agem nem servem qualquer agenda político-partidária, e que há quase 14 anos luta pela modernização da Linha do Vouga e pela preservação da bitola estreita (métrica) no nosso país. 

Em resposta a esse apelo, Amadeu Albergaria, presidente da autarquia feirense, optou por fazer algumas insinuações, para nós infundadas, e com uma atitude autoritária que consideramos lamentável. O autarca parece não entender que neste assunto não há donos da razão, mas sim visões opostas. A nossa visão consideramos a mais realista. A contrária à nossa, a mais ilusória. A nossa é concretizável. A outra não se sabe. É por isso, e por muito mais, que preferimos uma linha em bitola métrica de classe mundial, que sirva a todos, a uma linha em bitola ibérica medíocre que sirva apenas alguns. O nosso apelo está feito. 

Pela Bitola Estreita, uma Ambição Larga! 

Assista aqui na íntegra o vídeo realizado pelo MCLV:


sexta-feira, 27 de junho de 2025

Estacionamento abusivo impediu comboio de terminar marcha em Espinho


O MCLV está preocupado com o estacionamento abusivo junto à estação terminal de Espinho-Vouga e nesse sentido deslocou-se ao terreno para apelar à IP para que encontre uma solução para o problema. Partilhamos aqui um vídeo onde Vitor Gomes explica o que aconteceu recentemente, com um comboio a ser impedido de concluir a sua marcha. 

Assista aqui o vídeo realizado pelo MCLV na íntegra:


domingo, 22 de junho de 2025

MCLV em reportagem no 'Jornal Diário' do Porto Canal


A propósito da nossa carta aberta ao ministro das Infraestruturas e do mais recente artigo sobre a Linha do Vouga divulgado pelo jornal "Público", o MCLV foi convidado pelo Porto Canal a prestar alguns esclarecimentos. 

Foi no "Jornal Diário" de ontem, 20 de junho, que Mário Pereira, um dos nossos representantes, teve a oportunidade de dar a nossa opinião sobre o estado atual desta via férrea, mostrar o que deve ser feito no imediato para tornar o serviço mais eficiente e o que perspectivamos para o seu futuro. 

Assista aqui a reportagem do Porto Canal na íntegra:



sábado, 14 de junho de 2025

Comboio Histórico do Vouga regressa para mais uma edição de Verão!


A temporada de 2025 do Comboio Histórico do Vouga regressa sábado, dia 5 de julho! Não perca esta oportunidade única de viajar na história ferroviária portuguesa. Desfrute da visita guiada ao Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga e da arte urbana do AgitÁgueda Art Festival. 


Saiba mais em: https://tinyurl.com/bdr3ady7


Fonte: CP


sexta-feira, 6 de junho de 2025

CARTA ABERTA AO MINISTRO DAS INFRAESTRUTURAS E HABITAÇÃO


Exmo. Sr. Ministro Miguel Pinto Luz, 


Dirigimo-nos por este meio a vossa excelência para pedir uma melhoria geral das condições na Linha do Vouga. 


Como tão bem deve saber, a linha que defendemos atravessa o distrito de Aveiro ligando Espinho à sua capital, passando por Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda. Esta nossa linha passa junto a várias zonas industriais localizadas precisamente no coração de uma das regiões industriais mais importantes do país. No entanto, os comboios atuais circulam apenas entre as 6h e as 21h, o que não serve minimamente as necessidades de quem trabalha por turnos nesta região. 


A CP justifica que alterar horários envolve mexer nas escalas dos maquinistas. Vimos por este meio pedir a sua intervenção, em conjunto com os empresários e sindicatos da região, para que sejam elaborados novos horários que reflitam e acedam às necessidades impostas pela realidade atual dos horários de trabalho, para que os operários vejam cumprido o direito ao transporte previsto na constituição. Além disso, mais comboios e horários ajustados permitirá libertar as estradas de muitos carros, visto que esta é uma das regiões onde as pessoas mais estão dependentes do automóvel, o que como bem saberá não ajuda ao cumprimento das metas climáticas. 


Estamos perfeitamente cientes de que outro grande entrave à concretização deste nosso apelo para a melhoria dos horários prende-se com a falta de material circulante. Infelizmente, nos últimos anos, a discussão centrou-se em demasia na mudança da bitola da Linha do Vouga, algo que estamos convictos de que não é minimamente necessário. O que é necessário é a reposição da interface com a Linha do Norte, em Espinho, e a criação de uma nova com a futura linha de Alta Velocidade, no concelho de Santa Maria da Feira. 


O serviço comercial diário tem vindo a ser negligenciado, já que assistimos muitas vezes a supressões devido a avarias constantes do material circulante. A bitola estreita, que muitos criticam, acaba por ser uma mais valia no que toca à aquisição de material circulante, visto que há linhas de bitola estreita na Europa e um pouco por todo o mundo, logo será muito mais fácil adquirir material de bitola estreita do que bitola ibérica. 


Aplaudimos a integração no sistema Andante do troço da Linha do Vouga que está inserido na AMP, no entanto continua a faltar a modernização do sistema de bilhética com a implementação de máquinas automáticas, por exemplo. 


Por último, pedimos-lhe que ajude a replicar em toda a linha a iniciativa da câmara de Águeda, que junto com a IP e a CP, tem projetado a criação de novos apeadeiros e a relocalização de outros tantos. Pedimos-lhe, assim, para que tenha reuniões com os restantes municípios para que isso seja feito. 


Falta, ainda, resolver outras situações básicas como seja a automatização de passagens de nível, correção de traçado onde for possível e a eventual electrificação, mas enquanto a região espera por isso, as medidas que aqui lhe pedimos melhorariam substancialmente o serviço e a mobilidade no nosso distrito de Aveiro. 


Aguardamos a sua resposta, 


Com os melhores cumprimentos, 


Movimento Cívico pela Linha do Vouga


quarta-feira, 4 de junho de 2025

IP lançou concurso para aquisição de AMV's para o troço central

A recente RIV não contemplou a reposição dos AMV's na estação de Albergaria-a-Velha. Foto: Bruno Soares

Há cerca de meio ano, a Infraestruturas de Portugal já tinha confirmado a intenção em repor os AMV (vulgo agulhas) no troço central e nesse sentido avançou agora com o concurso público para a sua aquisição. 

Foi no passado dia 26 de maio que foi publicado em Diário da República o concurso público para a aquisição de quatro Aparelhos de Mudança de Via (AMV's) para a Linha do Vouga, com um preço base de 460 mil euros. Cada par destes aparelhos será aplicado nas estações do Pinheiro da Bemposta e de Albergaria-a-Velha, o que permitirá repor os cruzamentos de comboios nestes locais, Relembramos que estes foram temporariamente desativados após a recente empreitada de renovação integral de via que ali decorreu. 


Todos os AMV foram removidos da estação do Pinheiro da Bemposta durante esta RIV. Foto: Bruno Soares

Como já aqui tinhamos dado conta, com a reabilitação do troço em causa, a CP espera uma linha dotada "com a capacidade necessária para assegurar incrementos na oferta comercial, flexibilizando a exploração, aumentando substancialmente a velocidade comercial, compatibilizando-a com a da restante linha de modo a possibilitar um serviço de transporte Regional que efetivamente sirva as necessidades de mobilidade da população". A reposição destes AMV's é por isso fundamental. A operadora prevê ainda que o serviço comercial ferroviário seja reposto no próximo ano. 


Anúncio em DR: https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/anuncio-procedimento/13930-2025-919379651


segunda-feira, 2 de junho de 2025

'Cerca de 65% dos 800 mil passageiros que anualmente usam a Linha do Vouga fazem-no nos concelhos de Aveiro e Águeda'

Segundo o JN, o presidente da câmara de Águeda, Jorge Almeida, terá revelado que 65% dos passageiros que utilizam a Linha do Vouga fazem-no no seu troço sul. Estes dados permitem atestar quem está verdadeiramente empenhado na sua modernização. 

Considerando estas percentagens de distribuição dos cerca de 800 mil passageiros que utilizam anualmente a Linha do Vouga, significa que 520 mil utilizam o troço Sernada do Vouga-Aveiro e apenas 280 mil os troços restantes, entre Sernada do Vouga e Espinho. No entanto, é muito provável que a média anual de passageiros possa ultrapassar 1 milhão, já que a grande afluência que se verifica no troço norte durante o verão, tem tornado quase impossível a cobrança e respectivo registo de todas as utilizações. Convém esclarecer, também, que graças à preserverança da autarquia aguedense, o número de circulações no troço sul é atualmente superior ao do troço norte, contabilizando-se onze em cada sentido no troço sul e apenas oito no troço norte. 


A percepção de muitas pessoas é de que a Linha do Vouga tem uma fraca afluência, mas apesar do serviço que é prestado estar de facto obsoleto, a verdade é que apresenta uma média de passageiros superior, por exemplo, a uma linha eletrificada e de bitola larga como é o caso da Linha da Beira Baixa. 


Na nossa opinião, o maior número de utilizações no troço sul poderá ser mesmo justificado pelo empenho das autarquias que este atravessa, especialmente a de Águeda, que pretende uma modernização rápida e realista, e por isso tem tomado iniciativas e decisões que vão nesse sentido. 


As indecisões das restantes autarquias, sobretudo pela clara falta de consenso em relação à bitola, têm desviado as atenções quanto ao que realmente importa implementar na linha, o que poderá acabar por justificar esta decadência no número de passageiros. 


Apesar de ser possível a utilização do Passe Verde Ferroviário em toda a extensão da linha e do sistema Andante estar já implementado no trajeto inserido na AMP, continuam a existir várias indefinições, nomeadamente, quanto à reposição da interface com a Linha do Norte em Espinho, assim como quanto à relocalização e criação de novos apeadeiros, tanto no troço norte como no troço central. 


Também a falta do reajuste de horários e aumento de circulações, em boa parte justificada pela falta de material circulante, poderá contribuir para este afastamento das populações na utilização do comboio. Apelamos, portanto, para que todos os autarcas servidos por esta linha se foquem de uma vez por todas no que realmente importa, para que tenhamos uma modernização rápida e realista, evitando assim ilusões de projetos megalómanos, que apesar de aparentemente aliciantes, não servirão verdadeiramente os interesses das populações. As pessoas não andam de bitola, andam de comboio, e por isso queremos é mais comboios, mais frequência, mais conforto e queremos tudo isso o mais rapidamente possível.


Notícia JN: https://www.jn.pt/2779197839/agueda-quer-tres-novos-apeadeiros-e-reforco-de-horarios-da-linha-do-vouga/


sábado, 10 de maio de 2025

Ao fim de pouco mais de um ano, troço central está totalmente renovado

Durante o último mês, os trabalhos de renovação do troço central incidiram sobretudo nas últimas centenas de metros da "rampa de Albergaria" e nas suas "pontas", em Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga. Pouco mais de um ano depois, o troço intermédio da Linha do Vouga está totalmente renovado.

As imagens que aqui partilhamos foram captadas entre meados do passado mês de abril e o início do atual, nos trajetos compreendidos entre os PK's 32,8 e 33,3 (ponta norte, em Oliveira de Azeméis), entre os PK's 59,8 e 60,7 (correspondentes ao que restava intervir na "rampa de Albergaria"), e por fim entre os PK's 61,3 e 61,4 (ponta sul, em Sernada do Vouga). Significa, portanto, que após concluída a intervenção neste último quilómetro e meio, o troço central está finalmente renovado em toda a sua extensão.

No entanto, importa referir que a obra não está totalmente finalizada, visto que prosseguem os trabalhos de ataque mecânico pesado e regulação de balastro, bem como de reposição do funcionamento das passagens de nível automatizadas e de aplicação de sistemas de drenagem onde seja necessário. Salientamos, uma vez mais, que a via foi totalmente renovada com substituição integral de carris, travessas e balastro. Verificou-se ainda a remoção do último AMV da estação de Pinheiro da Bemposta, pelo neste momento é um troço "corrido", sem a possibilidade de cruzamentos e desvios.

Relembramos que os trabalhos de renovação de via do troço em questão tiveram início há pouco mais de um ano, mais concretamente em meados de abril de 2024, junto ao PK 33,3 (Oliveira de Azeméis). A empreitada tem precisamente um prazo previsto de um ano, com os trabalhos a incidir nos seus 29 quilómetros, estando estes a cargo da empresa Mota-Engil Railway Engineering SA e da subcontratada Socicarril. É esperado que o serviço ferroviário de passageiros seja reposto no próximo ano.

Galeria de imagens


Autoria das fotos: Bruno Soares


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