sábado, 23 de agosto de 2025
terça-feira, 19 de agosto de 2025
Ainda assim, e deste modo, compete-nos esclarecer o seguinte:
1) Em momento algum acusamos a atual administração da CP de "desleixo", apesar do evidente negligenciamento a que está votado o serviço ferroviário na Linha do Vouga, de resto, tal como ficou demonstrado pelo próprio artigo do jornal Público;
2) O MCLV é totalmente apartidário, logo não somos movidos por qualquer interesse nem agimos em função de qualquer agenda político-partidária. Aquilo que nos move é a vontade e a crença em ter uma Linha do Vouga moderna, em bitola métrica e de classe mundial, que preste um serviço ferroviário digno, que sirva a todos os seus utentes (onde nos incluímos) com o máximo de conforto e fiabilidade, sejam eles estudantes, trabalhadores, veraneantes ou turistas;
3) Não há um momento certo ou errado para manifestar as nossas reivindicações. Errado seria vermos a decadência a que está votado o serviço ferroviário na Linha do Vouga e nada fazer, independentemente se estamos, ou não, a caminho de uma campanha para eleições autárquicas, as quais em nada nos dizem respeito, a não ser no próprio direito que respeita a qualquer cidadão de ir votar no dia 12 de outubro.
Artigo do jornal Público: https://www.publico.pt/2025/08/18/local/noticia/dez-dias-cp-suprimiu-67-comboios-linha-vouga-2144216
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
Assim, e atendendo às últimas notícias veiculadas por diversos meios de imprensa escrita regional e nacional referentes tanto à conclusão da reabilitação da infraestrutura, como às intenções da operadora quanto à futura exploração comercial, não podemos aceitar que no imediato não sejam repostas, pelo menos, as circulações existentes antes da suspensão do serviço ferroviário neste troço, no ano de 2013, e que é atualmente realizado por via do táxi.
Por isso, no nosso entender, no imediato compete à Infraestruturas de Portugal:
1) Criar as condições mínimas necessárias para que seja colocado um funcionário, provisoriamente, nas passagem de nível com guarda sem automatização, nomeadamente à saída de Oliveira de Azeméis e à entrada de Albergaria-a-Velha;
2) Colocar plataformas provisórias nas paragens que não estejam, atualmente, dotadas das condições mínimas exigidas pela operadora (a exemplo do que se fez na Linha de Leixões);
3) Acelerar ao máximo o processo de reposição dos Aparelhos de Mudança de Via (AMV's) para que a operadora possa futuramente implementar horários mais atrativos.
Compete, ainda, à CP:
1) Logo que a IP crie as condições anteriormente referidas, repor imediatamente as circulações do serviço ferroviário previamente existentes aquando da sua suspensão;
2) No imediato, tornar o serviço mais atrativo, adicionando, pelo menos, mais uma circulação em cada sentido, na parte da manhã e da tarde, preferencialmente de modo a que seja reduzido ou anulado o longo tempo de espera de ligação com as circulações do troço sul, que se verifica atualmente em Sernada do Vouga.
O MCLV relembra a necessidade da rápida atenção a esta nossa reivindicação pelos seguintes motivos:
1) O troço central da Linha do Vouga permite ligar e servir duas importantes zonas industriais do distrito de Aveiro, nomeadamente as de Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha, passando pelo pólo industrial de Travanca;
2) Ainda que alguns apeadeiros estejam relativamente afastados das zonas de maior concentração, este troço atravessa zonas densamente povoadas;
3) Permite aliviar o forte congestionamento de trânsito que se verifica na N1/IC2 que acompanha a linha ao longo deste trajeto;
4) Permite que todos os pólos da Universidade de Aveiro estejam ligados por ferrovia;
5) A ausência das agulhas (AMV's) nas estações de cruzamento, nomeadamente Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha, não interfere com a reposição das circulações existentes antes da suspensão do serviço ferroviário;
6) Permite que a exploração turística seja estendida a toda a extensão da linha.
Ademais, esta nossa reivindicação foi já corroborada por Frederico Francisco, ex-secretário de estado do ministério das Infraestruturas, atual deputado da Assembleia da República e especialista em ferrovia. Nas suas redes sociais, o atual deputado afirma que "não há nenhuma boa razão para que o serviço ferroviário entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga não seja retomado de imediato, após a conclusão das obras de renovação da linha", e no seu entender, "na versão mínima, o serviço rodoviário que existe hoje seria substituído por comboio", pelo que "ter um serviço ferroviário não ideal é melhor de que não ter nenhum".
domingo, 10 de agosto de 2025
Autoria do vídeo: Fernando Liberato
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
Desde o seu ínicio, em fevereiro de 2024, até ao anúncio da sua conclusão, a empreitada de renovação do troço central da Linha da Vouga demorou cerca de um ano e meio.
Galeria de imagens
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Da mesma forma que procuramos alertar e apelar a Miguel Pinto Luz para esta problemática, dirigimo-nos, agora, por este meio a vossas excelências para pedir uma melhoria geral das condições na Linha do Vouga.
Como tão bem devem saber, a linha que defendemos atravessa o distrito de Aveiro ligando Espinho à sua capital, passando por Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda. Esta nossa linha passa junto a várias zonas industriais localizadas precisamente no coração de uma das regiões industriais mais importantes do país. No entanto, os comboios atuais circulam apenas entre as 6h e as 21h, o que não serve minimamente as necessidades de quem trabalha por turnos nesta região.
A CP justifica que alterar horários envolve mexer nas escalas dos maquinistas. Vimos por este meio pedir a vossa intervenção, em conjunto com os empresários e sindicatos da região, para que sejam elaborados novos horários que reflitam e acedam às necessidades impostas pela realidade atual dos horários de trabalho, para que os operários vejam cumprido o direito ao transporte previsto na constituição. Além disso, mais comboios e horários ajustados permitirá libertar as estradas de muitos carros, visto que esta é uma das regiões onde as pessoas mais estão dependentes do automóvel, o que como bem saberão não ajuda ao cumprimento das metas climáticas.
Estamos perfeitamente cientes de que outro grande entrave à concretização deste nosso apelo para a melhoria dos horários prende-se com a falta de material circulante. Infelizmente, nos últimos anos, a discussão centrou-se em demasia na mudança da bitola da Linha do Vouga, algo que estamos convictos de que não é minimamente necessário. O que é necessário é a reposição da interface com a Linha do Norte, em Espinho, e a criação de uma nova com a futura linha de Alta Velocidade, no concelho de Santa Maria da Feira.
O serviço comercial diário tem vindo a ser negligenciado, já que assistimos muitas vezes a atrasos e supressões que se devem, ora a avarias constantes do material circulante, ora a falta de revisores. A bitola estreita, que muitos criticam, acaba por ser uma mais valia no que toca à aquisição de material circulante, visto que há linhas de bitola estreita na Europa e um pouco por todo o mundo, logo será muito mais fácil adquirir material de bitola estreita do que bitola ibérica. Sentimos, também, que o combate ao vandalismo também tem vindo a ser negligenciado, ora por parte da operadora que não procede à rápida remoção dos grafitis, ora por parte do próprio gestor da infraestrutura que não acautela os meios necessários para que tais atos possam ser minimizados.
Aplaudimos a integração no sistema Andante do troço da Linha do Vouga que está inserido na AMP, no entanto continua a faltar a modernização do sistema de bilhética com a implementação de máquinas automáticas, por exemplo.
Por último, apelamos a vossas excelências para que ajudem a replicar em toda a linha a iniciativa da câmara de Águeda, que junto com a IP e a CP, tem projetado a criação de novos apeadeiros e a relocalização de outros tantos. Pedimos-vos, assim, para que reúnam e discutam entre vós para algo seja feito, de preferência, com a maior rapidez possível.
Falta, ainda, resolver outras situações básicas como seja a automatização de passagens de nível, correção de traçado onde for possível e a eventual eletrificação, mas enquanto a região espera por isso, as medidas que aqui vos pedimos melhorariam substancialmente o serviço e a mobilidade no nosso distrito de Aveiro.
Aguardamos a vossa resposta,
Com os melhores cumprimentos,
Movimento Cívico pela Linha do Vouga
quarta-feira, 23 de julho de 2025
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Locomotiva CP 9005 pronta a tracionar o comboio histórico para marcha de ensaios. Foto: Vitor Gomes |
Neste vídeo, mostramos o momento exato em que, no passado dia 17 de julho, em Aveiro, a locomotiva Euskalduna/Alsthom CP 9005 regressou à Linha do Vouga, após um longo período de restauro nas oficinas da CP. Nos últimos dias, têm decorrido as respetivas marchas de ensaio, nas quais, inclusive, a histórica locomotiva diesel já tracionou o comboio histórico, entre Sernada do Vouga e Aveiro.
quinta-feira, 17 de julho de 2025
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Na última segunda-feira, o nosso representante Mário Pereira assistiu à assembleia municipal de Santa Maria da Feira, onde aproveitou o tempo de intervenção do público para falar sobre a Linha do Vouga.
sexta-feira, 27 de junho de 2025
O MCLV está preocupado com o estacionamento abusivo junto à estação terminal de Espinho-Vouga e nesse sentido deslocou-se ao terreno para apelar à IP para que encontre uma solução para o problema. Partilhamos aqui um vídeo onde Vitor Gomes explica o que aconteceu recentemente, com um comboio a ser impedido de concluir a sua marcha.
domingo, 22 de junho de 2025
A propósito da nossa carta aberta ao ministro das Infraestruturas e do mais recente artigo sobre a Linha do Vouga divulgado pelo jornal "Público", o MCLV foi convidado pelo Porto Canal a prestar alguns esclarecimentos.
sábado, 14 de junho de 2025
Saiba mais em: https://tinyurl.com/bdr3ady7
Fonte: CP
sexta-feira, 6 de junho de 2025
Dirigimo-nos por este meio a vossa excelência para pedir uma melhoria geral das condições na Linha do Vouga.
Como tão bem deve saber, a linha que defendemos atravessa o distrito de Aveiro ligando Espinho à sua capital, passando por Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda. Esta nossa linha passa junto a várias zonas industriais localizadas precisamente no coração de uma das regiões industriais mais importantes do país. No entanto, os comboios atuais circulam apenas entre as 6h e as 21h, o que não serve minimamente as necessidades de quem trabalha por turnos nesta região.
A CP justifica que alterar horários envolve mexer nas escalas dos maquinistas. Vimos por este meio pedir a sua intervenção, em conjunto com os empresários e sindicatos da região, para que sejam elaborados novos horários que reflitam e acedam às necessidades impostas pela realidade atual dos horários de trabalho, para que os operários vejam cumprido o direito ao transporte previsto na constituição. Além disso, mais comboios e horários ajustados permitirá libertar as estradas de muitos carros, visto que esta é uma das regiões onde as pessoas mais estão dependentes do automóvel, o que como bem saberá não ajuda ao cumprimento das metas climáticas.
Estamos perfeitamente cientes de que outro grande entrave à concretização deste nosso apelo para a melhoria dos horários prende-se com a falta de material circulante. Infelizmente, nos últimos anos, a discussão centrou-se em demasia na mudança da bitola da Linha do Vouga, algo que estamos convictos de que não é minimamente necessário. O que é necessário é a reposição da interface com a Linha do Norte, em Espinho, e a criação de uma nova com a futura linha de Alta Velocidade, no concelho de Santa Maria da Feira.
O serviço comercial diário tem vindo a ser negligenciado, já que assistimos muitas vezes a supressões devido a avarias constantes do material circulante. A bitola estreita, que muitos criticam, acaba por ser uma mais valia no que toca à aquisição de material circulante, visto que há linhas de bitola estreita na Europa e um pouco por todo o mundo, logo será muito mais fácil adquirir material de bitola estreita do que bitola ibérica.
Aplaudimos a integração no sistema Andante do troço da Linha do Vouga que está inserido na AMP, no entanto continua a faltar a modernização do sistema de bilhética com a implementação de máquinas automáticas, por exemplo.
Por último, pedimos-lhe que ajude a replicar em toda a linha a iniciativa da câmara de Águeda, que junto com a IP e a CP, tem projetado a criação de novos apeadeiros e a relocalização de outros tantos. Pedimos-lhe, assim, para que tenha reuniões com os restantes municípios para que isso seja feito.
Falta, ainda, resolver outras situações básicas como seja a automatização de passagens de nível, correção de traçado onde for possível e a eventual electrificação, mas enquanto a região espera por isso, as medidas que aqui lhe pedimos melhorariam substancialmente o serviço e a mobilidade no nosso distrito de Aveiro.
Aguardamos a sua resposta,
Com os melhores cumprimentos,
Movimento Cívico pela Linha do Vouga
quarta-feira, 4 de junho de 2025
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A recente RIV não contemplou a reposição dos AMV's na estação de Albergaria-a-Velha. Foto: Bruno Soares |
Há cerca de meio ano, a Infraestruturas de Portugal já tinha confirmado a intenção em repor os AMV (vulgo agulhas) no troço central e nesse sentido avançou agora com o concurso público para a sua aquisição.
Foi no passado dia 26 de maio que foi publicado em Diário da República o concurso público para a aquisição de quatro Aparelhos de Mudança de Via (AMV's) para a Linha do Vouga, com um preço base de 460 mil euros. Cada par destes aparelhos será aplicado nas estações do Pinheiro da Bemposta e de Albergaria-a-Velha, o que permitirá repor os cruzamentos de comboios nestes locais, Relembramos que estes foram temporariamente desativados após a recente empreitada de renovação integral de via que ali decorreu.
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Todos os AMV foram removidos da estação do Pinheiro da Bemposta durante esta RIV. Foto: Bruno Soares |
Como já aqui tinhamos dado conta, com a reabilitação do troço em causa, a CP espera uma linha dotada "com a capacidade necessária para assegurar incrementos na oferta comercial, flexibilizando a exploração, aumentando substancialmente a velocidade comercial, compatibilizando-a com a da restante linha de modo a possibilitar um serviço de transporte Regional que efetivamente sirva as necessidades de mobilidade da população". A reposição destes AMV's é por isso fundamental. A operadora prevê ainda que o serviço comercial ferroviário seja reposto no próximo ano.
Anúncio em DR: https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/anuncio-procedimento/13930-2025-919379651
segunda-feira, 2 de junho de 2025
Segundo o JN, o presidente da câmara de Águeda, Jorge Almeida, terá revelado que 65% dos passageiros que utilizam a Linha do Vouga fazem-no no seu troço sul. Estes dados permitem atestar quem está verdadeiramente empenhado na sua modernização.
Considerando estas percentagens de distribuição dos cerca de 800 mil passageiros que utilizam anualmente a Linha do Vouga, significa que 520 mil utilizam o troço Sernada do Vouga-Aveiro e apenas 280 mil os troços restantes, entre Sernada do Vouga e Espinho. No entanto, é muito provável que a média anual de passageiros possa ultrapassar 1 milhão, já que a grande afluência que se verifica no troço norte durante o verão, tem tornado quase impossível a cobrança e respectivo registo de todas as utilizações. Convém esclarecer, também, que graças à preserverança da autarquia aguedense, o número de circulações no troço sul é atualmente superior ao do troço norte, contabilizando-se onze em cada sentido no troço sul e apenas oito no troço norte.
A percepção de muitas pessoas é de que a Linha do Vouga tem uma fraca afluência, mas apesar do serviço que é prestado estar de facto obsoleto, a verdade é que apresenta uma média de passageiros superior, por exemplo, a uma linha eletrificada e de bitola larga como é o caso da Linha da Beira Baixa.
Na nossa opinião, o maior número de utilizações no troço sul poderá ser mesmo justificado pelo empenho das autarquias que este atravessa, especialmente a de Águeda, que pretende uma modernização rápida e realista, e por isso tem tomado iniciativas e decisões que vão nesse sentido.
As indecisões das restantes autarquias, sobretudo pela clara falta de consenso em relação à bitola, têm desviado as atenções quanto ao que realmente importa implementar na linha, o que poderá acabar por justificar esta decadência no número de passageiros.
Apesar de ser possível a utilização do Passe Verde Ferroviário em toda a extensão da linha e do sistema Andante estar já implementado no trajeto inserido na AMP, continuam a existir várias indefinições, nomeadamente, quanto à reposição da interface com a Linha do Norte em Espinho, assim como quanto à relocalização e criação de novos apeadeiros, tanto no troço norte como no troço central.
Também a falta do reajuste de horários e aumento de circulações, em boa parte justificada pela falta de material circulante, poderá contribuir para este afastamento das populações na utilização do comboio. Apelamos, portanto, para que todos os autarcas servidos por esta linha se foquem de uma vez por todas no que realmente importa, para que tenhamos uma modernização rápida e realista, evitando assim ilusões de projetos megalómanos, que apesar de aparentemente aliciantes, não servirão verdadeiramente os interesses das populações. As pessoas não andam de bitola, andam de comboio, e por isso queremos é mais comboios, mais frequência, mais conforto e queremos tudo isso o mais rapidamente possível.
Notícia JN: https://www.jn.pt/2779197839/agueda-quer-tres-novos-apeadeiros-e-reforco-de-horarios-da-linha-do-vouga/