Movimento Cívico pela Linha do Vouga

"Estamos na luta pela Linha do Vouga. Todos nós sonhamos com algo e todos nós ambicionamos algo. Aquilo com que sonhamos e com que ambicionamos é que a via estreita tenha um futuro e não um fim. Queremos que preservem a última linha de via estreita do país, que a renovem, que lhe "limpem a cara". Não queremos que a eliminem pois faz parte da nossa história. Queremos que os nossos filhos, netos e bisnetos, possam, no futuro, desfrutar das mesmas aventuras que todos nós (ainda) podemos desfrutar. A história da Linha do Vouga é algo que tem de ser preservado, pois um país que não preserve a sua história, não é um país. A via tem um potencial turístico enorme, assim como uma afluência de passageiros que consideramos sustentável caso a oferta de comboios seja melhorada. Em Espanha, encontram-se alguns exemplos de como a via estreita pode ser rentável no século XXI, basta para isso algum dinamismo e vontade política para que isso aconteça de igual modo em Portugal."

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sexta-feira, 6 de junho de 2025

CARTA ABERTA AO MINISTRO DAS INFRAESTRUTURAS E HABITAÇÃO


Exmo. Sr. Ministro Miguel Pinto Luz, 


Dirigimo-nos por este meio a vossa excelência para pedir uma melhoria geral das condições na Linha do Vouga. 


Como tão bem deve saber, a linha que defendemos atravessa o distrito de Aveiro ligando Espinho à sua capital, passando por Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda. Esta nossa linha passa junto a várias zonas industriais localizadas precisamente no coração de uma das regiões industriais mais importantes do país. No entanto, os comboios atuais circulam apenas entre as 6h e as 21h, o que não serve minimamente as necessidades de quem trabalha por turnos nesta região. 


A CP justifica que alterar horários envolve mexer nas escalas dos maquinistas. Vimos por este meio pedir a sua intervenção, em conjunto com os empresários e sindicatos da região, para que sejam elaborados novos horários que reflitam e acedam às necessidades impostas pela realidade atual dos horários de trabalho, para que os operários vejam cumprido o direito ao transporte previsto na constituição. Além disso, mais comboios e horários ajustados permitirá libertar as estradas de muitos carros, visto que esta é uma das regiões onde as pessoas mais estão dependentes do automóvel, o que como bem saberá não ajuda ao cumprimento das metas climáticas. 


Estamos perfeitamente cientes de que outro grande entrave à concretização deste nosso apelo para a melhoria dos horários prende-se com a falta de material circulante. Infelizmente, nos últimos anos, a discussão centrou-se em demasia na mudança da bitola da Linha do Vouga, algo que estamos convictos de que não é minimamente necessário. O que é necessário é a reposição da interface com a Linha do Norte, em Espinho, e a criação de uma nova com a futura com a Linha de Alta Velocidade, no concelho de Santa Maria da Feira. 


O serviço comercial diário tem vindo a ser negligenciado, já que assistimos muitas vezes a supressões devido a avarias constantes do material circulante. A bitola estreita, que muitos criticam, acaba por ser uma mais valia no que toca à aquisição de material circulante, visto que há linhas de bitola estreita na Europa e um pouco por todo o mundo, logo será muito mais fácil adquirir material de bitola estreita do que bitola ibérica. 


Aplaudimos a integração no sistema Andante do troço da Linha do Vouga que está inserido na AMP, no entanto continua a faltar a modernização do sistema de bilhética com a implementação de máquinas automáticas, por exemplo. 


Por último, pedimos-lhe que ajude a replicar em toda a linha a iniciativa da câmara de Águeda, que junto com a IP e a CP, tem projetado a criação de novos apeadeiros e a relocalização de outros tantos. Pedimos-lhe, assim, para que tenha reuniões com os restantes municípios para que isso seja feito. 


Falta, ainda, resolver outras situações básicas como seja a automatização de passagens de nível, correção de traçado onde for possível e a eventual electrificação, mas enquanto a região espera por isso, as medidas que aqui lhe pedimos melhorariam substancialmente o serviço e a mobilidade no nosso distrito de Aveiro. 


Aguardamos a sua resposta, 


Com os melhores cumprimentos, 


Movimento Cívico pela Linha do Vouga


MCLV, 6 de junho de 2025


quarta-feira, 4 de junho de 2025

IP lançou concurso para aquisição de AMV's para o troço central

A recente RIV não contemplou a reposição dos AMV's na estação de Albergaria-a-Velha. Foto: Bruno Soares

Há cerca de meio ano, a Infraestruturas de Portugal já tinha confirmado a intenção em repor os AMV (vulgo agulhas) no troço central e nesse sentido avançou agora com o concurso público para a sua aquisição. 

Foi no passado dia 26 de maio que foi publicado em Diário da República o concurso público para a aquisição de quatro Aparelhos de Mudança de Via (AMV's) para a Linha do Vouga, com um preço base de 460 mil euros. Cada par destes aparelhos será aplicado nas estações do Pinheiro da Bemposta e de Albergaria-a-Velha, o que permitirá repor os cruzamentos de comboios nestes locais, Relembramos que estes foram temporariamente desativados após a recente empreitada de renovação integral de via que ali decorreu. 


Todos os AMV foram removidos da estação do Pinheiro da Bemposta durante esta RIV. Foto: Bruno Soares

Como já aqui tinhamos dado conta, com a reabilitação do troço em causa, a CP espera uma linha dotada "com a capacidade necessária para assegurar incrementos na oferta comercial, flexibilizando a exploração, aumentando substancialmente a velocidade comercial, compatibilizando-a com a da restante linha de modo a possibilitar um serviço de transporte Regional que efetivamente sirva as necessidades de mobilidade da população". A reposição destes AMV's é por isso fundamental. A operadora prevê ainda que o serviço comercial ferroviário seja reposto no próximo ano. 


Anúncio em DR: https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/anuncio-procedimento/13930-2025-919379651


MCLV, 4 de junho de 2025

segunda-feira, 2 de junho de 2025

'Cerca de 65% dos 800 mil passageiros que anualmente usam a Linha do Vouga fazem-no nos concelhos de Aveiro e Águeda'

Segundo o JN, o presidente da câmara de Águeda, Jorge Almeida, terá revelado que 65% dos passageiros que utilizam a Linha do Vouga fazem-no no seu troço sul. Estes dados permitem atestar quem está verdadeiramente empenhado na sua modernização. 

Considerando estas percentagens de distribuição dos cerca de 800 mil passageiros que utilizam anualmente a Linha do Vouga, significa que 520 mil utilizam o troço Sernada do Vouga-Aveiro e apenas 280 mil os troços restantes, entre Sernada do Vouga e Espinho. No entanto, é muito provável que a média anual de passageiros possa ultrapassar 1 milhão, já que a grande afluência que se verifica no troço norte durante o verão, tem tornado quase impossível a cobrança e respectivo registo de todas as utilizações. Convém esclarecer, também, que graças à preserverança da autarquia aguedense, o número de circulações no troço sul é atualmente superior ao do troço norte, contabilizando-se onze em cada sentido no troço sul e apenas oito no troço norte. 


A percepção de muitas pessoas é de que a Linha do Vouga tem uma fraca afluência, mas apesar do serviço que é prestado estar de facto obsoleto, a verdade é que apresenta uma média de passageiros superior, por exemplo, a uma linha eletrificada e de bitola larga como é o caso da Linha da Beira Baixa. 


Na nossa opinião, o maior número de utilizações no troço sul poderá ser mesmo justificado pelo empenho das autarquias que este atravessa, especialmente a de Águeda, que pretende uma modernização rápida e realista, e por isso tem tomado iniciativas e decisões que vão nesse sentido. 


As indecisões das restantes autarquias, sobretudo pela clara falta de consenso em relação à bitola, têm desviado as atenções quanto ao que realmente importa implementar na linha, o que poderá acabar por justificar esta decadência no número de passageiros. 


Apesar de ser possível a utilização do Passe Verde Ferroviário em toda a extensão da linha e do sistema Andante estar já implementado no trajeto inserido na AMP, continuam a existir várias indefinições, nomeadamente, quanto à reposição da interface com a Linha do Norte em Espinho, assim como quanto à relocalização e criação de novos apeadeiros, tanto no troço norte como no troço central. 


Também a falta do reajuste de horários e aumento de circulações, em boa parte justificada pela falta de material circulante, poderá contribuir para este afastamento das populações na utilização do comboio. Apelamos, portanto, para que todos os autarcas servidos por esta linha se foquem de uma vez por todas no que realmente importa, para que tenhamos uma modernização rápida e realista, evitando assim ilusões de projetos megalómanos, que apesar de aparentemente aliciantes, não servirão verdadeiramente os interesses das populações. As pessoas não andam de bitola, andam de comboio, e por isso queremos é mais comboios, mais frequência, mais conforto e queremos tudo isso o mais rapidamente possível.


Notícia JN: https://www.jn.pt/2779197839/agueda-quer-tres-novos-apeadeiros-e-reforco-de-horarios-da-linha-do-vouga/


MCLV, 2 de junho de 2025

sábado, 10 de maio de 2025

Ao fim de pouco mais de um ano, troço central está totalmente renovado

Durante o último mês, os trabalhos de renovação do troço central incidiram sobretudo nas últimas centenas de metros da "rampa de Albergaria" e nas suas "pontas", em Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga. Pouco mais de um ano depois, o troço intermédio da Linha do Vouga está totalmente renovado.

As imagens que aqui partilhamos foram captadas entre meados do passado mês de abril e o início do atual, nos trajetos compreendidos entre os PK's 32,8 e 33,3 (ponta norte, em Oliveira de Azeméis), entre os PK's 59,8 e 60,7 (correspondentes ao que restava intervir na "rampa de Albergaria"), e por fim entre os PK's 61,3 e 61,4 (ponta sul, em Sernada do Vouga). Significa, portanto, que após concluída a intervenção neste último quilómetro e meio, o troço central está finalmente renovado em toda a sua extensão.

No entanto, importa referir que a obra não está totalmente finalizada, visto que prosseguem os trabalhos de ataque mecânico pesado e regulação de balastro, bem como de reposição do funcionamento das passagens de nível automatizadas e de aplicação de sistemas de drenagem onde seja necessário. Salientamos, uma vez mais, que a via foi totalmente renovada com substituição integral de carris, travessas e balastro. Verificou-se ainda a remoção do último AMV da estação de Pinheiro da Bemposta, pelo neste momento é um troço "corrido", sem a possibilidade de cruzamentos e desvios.

Relembramos que os trabalhos de renovação de via do troço em questão tiveram início há pouco mais de um ano, mais concretamente em meados de abril de 2024, junto ao PK 33,3 (Oliveira de Azeméis). A empreitada tem precisamente um prazo previsto de um ano, com os trabalhos a incidir nos seus 29 quilómetros, estando estes a cargo da empresa Mota-Engil Railway Engineering SA e da subcontratada Socicarril. É esperado que o serviço ferroviário de passageiros seja reposto no próximo ano.

Galeria de imagens


Autoria das fotos: Bruno Soares

MCLV, 10 de maio de 2025

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Legislativas 2025: Programas Eleitorais

Tendo em conta as eleições legislativas que se aproximam, vimos informar os nossos seguidores sobre o que defendem os partidos, com assento parlamentar, para a Linha do Vouga. 

Começamos por ressalvar que este movimento é apartidário. Não seguimos uma determinada ideologia política, nem temos ligação a qualquer partido. Não temos a intenção de dizer às pessoas para votar no partido A ou B, simplesmente temos o objetivo de informar, para que possam fazer a sua escolha com toda a informação necessária. O único apelo que fazemos é para que votem. Pela democracia. 


Partidos que não mencionam a Linha do Vouga no seu programa eleitoral:


• AD (PSD/CDS-PP): A AD não menciona a Linha do Vouga no seu programa eleitoral, mas sabemos que o PSD defende a mudança da bitola no troço norte, tendo o seu Governo avançado com um estudo nesse sentido.


Programa eleitoral da AD: https://fne.pt/uploads/documentos//documento_1744412609_5972.pdf


• Bloco de Esquerda: O BE não menciona a Linha do Vouga no seu programa eleitoral, mas sabemos que no passado também chegou a defender a mudança da bitola no troço norte, propondo atualmente a sua eletrificação em toda a extensão. 


Programa eleitoral do BE: https://fne.pt/uploads/documentos//documento_1744412867_4070.pdf


• Chega: O Chega não menciona a Linha do Vouga no seu programa eleitoral, mas sabemos que, à semelhança dos anterior partidos, também chegou a defender a mudança da bitola.


Programa eleitoral do Chega: https://fne.pt/uploads/documentos//documento_1745830092_3990.pdf


• PAN: Não encontramos qualquer menção à Linha do Vouga no programa eleitoral do PAN, mas sabemos que propõe a eletrificação de toda a rede ferroviária existente, incluindo a Linha do Vouga, atualmente não eletrificada.


Programa eleitoral do PAN: https://www.pan.com.pt/files/uploads/2025/05/Programa-Eleitoral-PAN_Legislativas25_Campanhas_2025_PAN-Nacional.pdf

 

Partidos que mencionam a Linha do Vouga no seu programa eleitoral:


• PS:


- Valorizar a Linha do Vouga, modernizando-a em toda a sua extensão, e introduzindo um novo modelo de serviço e material circulante com melhores condições; 


- Criar a articulação com os restantes serviços ferroviários com ligação ao Porto;


- Na Região de Aveiro, considerar o prolongamento da Linha do Vouga, como base de um futuro metro de superfície.


Sabemos, também, que o Governo anterior do PS defendeu a bitola estreita, mas os seus autarcas da região divergem entre si.


Programa eleitoral do PS: https://fne.pt/uploads/documentos//documento_1744412659_9490.pdf


• CDU (PCP/PEV): 


- (...) Acelerar a modernização da rede ferroviária em todas as suas componentes (via, eletrificação, sistemas de controlo e telecomunicações) designadamente na extensão total das Linhas do Douro, Vouga, etc. 


Sabemos, também, que a CDU sempre defendeu a bitola estreita.


Programa eleitoral da CDU: https://fne.pt/uploads/documentos//documento_1744412773_6140.pdf


• Iniciativa Liberal:


- Densificação da rede nas áreas com uma elevada concentração populacional, com implementação, entre outros, de um novo sistema de mobilidade de Aveiro, ligando com a linha do Vouga. 


Sabemos que a posição da IL é de que quem deve decidir bitolas são os técnicos, mas defende uma ligação ao Metro do Porto na Feira.


Programa eleitoral da IL: https://fne.pt/uploads/documentos//documento_1744412813_1150.pdf


• Livre:


- Expansão e Modernização da Infraestrutura ferroviária, entre outros, com a reintrodução do serviço regular de passageiros na totalidade da Linha de Leixões e Linha do Vouga, etc. 


Sabemos, também, que o Livre pretende avançar com a correção do traçado do percurso, introduzir soluções intermodais nomeadamente em Espinho, manutenção de todo o trajeto entre Espinho e Aveiro, e criação de condições de segurança nas passagens de nível.


Programa eleitoral do Livre: https://fne.pt/uploads/documentos//documento_1745830247_8507.pdf


Nota: as eleições legislativas 2025 aproximam-se — a 18 de maio — e com elas surgem decisões importantes. Quem se inscreveu para o voto antecipado deve dirigir-se às urnas dia 11 de maio.


MCLV, 9 de maio de 2025

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Vouga em Movimento: Temos Andante, renovações, restauros e eleições


O podcast Vouga em Movimento regressa para o seu sétimo episódio, no qual abordarmos as últimas novidade relativas à Linha do Vouga. Começamos por trazer algumas novidades relativas à implementação do Andante no troço norte da Linha do Vouga, bem como à Renovação Integral de Via do troço Feira-Espinho e à recuperação da locomotiva a vapor CP E214. 

Com as eleições a caminho, fazemos ainda um breve análise aos programas eleitorais dos vários partidos com assento parlamentar, para melhor compreendermos as suas propostas para esta via férrea. 


Episódio também disponível no Spotify, aqui.

MCLV, 8 de maio de 2025

terça-feira, 6 de maio de 2025

CP espera conseguir recuperar caldeira da locomotiva a vapor E214

Depois de quase seis anos do seu regresso ao ativo na Linha do Vouga, a locomotiva a vapor CP E214 abandonou hoje esta via férrea rumo às oficinas de Contumil, com vista à recuperação da sua caldeira. 

Nos últimos meses de 2023, foi detetada uma grave avaria na caldeira da locomotiva a vapor CP E214, o que a deixou inoperacional nas cocheiras de Sernada do Vouga. A CP espera agora conseguir a sua recuperação, mas nada está garantido. 

O MCLV procurou explicações junto de uma fonte ligada à empresa pública que apenas nos informou que a recuperação desta locomotiva está a ser estudada "mediante os meios existentes", lamententado serem "quase nenhuns". Afirmou ainda que "sempre houve solução" para a resolução desta avaria, mas apontou a falta de mão de obra e de dinheiro como principais entraves. 


A centenária locomotiva seguiu, assim, hoje para as oficinas de Contumil, onde esperamos que uma vez mais a sabedoria e resiliência dos seus trabalhadores permita alcançar a tão desejada resolução da avaria, para que o vapor possa regressar o mais rapidamente possível à Linha do Vouga. 

MCLV, 6 de maio de 2025

sábado, 19 de abril de 2025

Sistema Andante vai finalmente ser aplicado na Linha do Vouga!

Foto: José Soares

Uma das nossas reivindicações de há vários anos era a aplicação do sistema Andante no troço norte da Linha do Vouga, que serve os concelhos inseridos na Área Metropolitana do Porto. 

Conforme anunciou hoje a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, a partir do dia 1 de maio, tanto este concelho como os de Espinho, Santa Maria da Feira e São João da Madeira vão ter finalmente a Linha do Vouga servida por este sistema, o que permitirá aos passageiros chegarem a qualquer destino dentro desta rede de uma forma mais cómoda e barata, utilizando o passe mensal de 40 euros. 


Artigo CMOAZ: https://www.cm-oaz.pt/noticias.6/concelho.14/.a12787.html 


MCLV, 19 de abril de 2025

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Governo mandou estudar mudança da bitola da Linha do Vouga, mas aprovou a sua modernização em bitola métrica!

Foto: Tiago Miranda (Expresso)

Parece confuso, mas é mesmo assim. Apesar de ter mandatado a IP a estudar a mudança da bitola da Linha do Vouga, o atual Governo da AD aprovou o Plano Ferroviário Nacional em conselho de ministros, em março, e conforme foi hoje divulgado e publicado em Diário da República, a versão final do documento prevê mesmo a modernização desta via férrea tal como este movimento defende, ou seja, na bitola atual (métrica).

Em abono da verdade, no que à Linha do Vouga diz respeito, o Governo limitou-se a "copiar", e bem, os pressupostos definidos no PFN pelo anterior Governo do PS. No entanto, a confusão pode ser gerada por uma incongruência que detetamos logo no início do documento, mais concretamente, no ponto 3, alínea a), e que passamos a citar, "nos termos das alíneas d) e g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve (ponto 3) determinar que a Infraestruturas de Portugal, S. A., promova a realização dos estudos necessários à tomada de decisão, relativamente aos seguintes investimentos ferroviários: a) Ligação das Terras de Santa Maria à Área Metropolitana do Porto". 


Ora, como tão bem sabemos, e entretanto a IP já nos confirmou, o Governo pretende estudar a mudança de bitola do troço norte da Linha do Vouga, que atravessa as Terras de Santa Maria, para o ligar diretamente à Linha do Norte, aliás, conforme o próprio secretário de Estado das Infra-Estruturas, Hugo Espírito Santo, confirmara no Parlamento. A incongruência surge, portanto, no facto deste Governo ter aprovado uma coisa e o seu contrário, já que mais à frente, conforme se lê no documento, "no PFN, assume-se a manutenção da Linha do Vouga como linha de bitola métrica, mas que deve ser integrada na rede de serviços suburbanos do Sistema Metropolitano que inclui Aveiro e o Porto".


No que concerne à modernização propriamente dita, o documento acaba por seguir vários pressupostos defendidos por este movimento, já que perspetiva "no médio prazo (...) a eletrificação da Linha do Vouga que, a par com a introdução de novo material circulante, será a forma de dar o salto qualitativo em termos de serviço", pelo que "deve também ser considerada a relocalização de algumas estações para locais que respondam melhor à procura existente". O documento refere ainda que "as características técnicas desta linha e do material circulante moderno aproximam a Linha do Vouga de um sistema de ferrovia ligeira", o que "levanta a oportunidade de, nas extremidades, nomeadamente em Aveiro, a Linha do Vouga servir como o embrião de um sistema de mobilidade urbana que possa penetrar na cidade e ligar diretamente vários destinos no centro da mesma".


Quanto à exploração turística, o documento assume que a "Linha do Vouga, enquanto única linha de via estreita que resta, permite potenciar viagens de material circulante histórico e fazer pedagogia e promoção da cultura ferroviária". Aquilo que é desejo deste movimento cívico é que os resultados do estudo que está a ser levado a cabo pela IP demonstrem sensatez e que possam acabar por comprovar que o que está inscrito e aprovado neste PFN é mesmo a melhor solução para o futuro desta linha. Ao futuro Governo só pedimos menos secretismos, menos ilusões e menos incongruências, para que o PFN possa avançar com realismo e celeridade.


Resolução do Conselho de Ministros n.º 77/2025, de 16 de abril «« (clique para abrir)


MCLV, 16 de abril de 2025  

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Falta pouco mais de um quilómetro para o troço central ficar totalmente renovado

Durante o último mês, os trabalhos de renovação do troço central incidiram na "rampa de Albergaria" e voltaram a efetuar-se no sentido norte-sul. O ataque mecânico pesado também tem prosseguido a bom ritmo.

As imagens que aqui partilhamos foram captadas entre meados do passado mês de março e o início do atual, no trajeto compreendido entre os PK's 57.5 e 60 da Linha do Vouga, correspondentes à "rampa de Albergaria". Significa, portanto, que resta intervir pouco mais de um quilómetro para o troço central ficar renovado em toda a sua extensão, pelo que neste momento faltam cerca de 700 metros correspondentes à "rampa", assim como um pequeno trajeto de 300 metros a sul da estação de Oliveira de Azeméis. Quanto aos trabalhos de ataque mecânico pesado, estes parecem continuar seguir a bom ritmo, estando já próximos do centro da cidade de Albergaria-a-Velha. Importa, uma vez mais, referir que a via foi totalmente renovada com substituição integral de carris, travessas e balastro, tendo-se verificado também a execução de sistemas de drenagem em alguns trajetos.

Relembramos que os trabalhos de renovação de via do troço em questão tiveram início há praticamente um ano, mais concretamente em meados de abril último, junto ao PK 33.4 (Oliveira de Azeméis). A empreitada tem precisamente um prazo previsto de um ano, com os trabalhos a incidir nos seus 29 quilómetros, estando estes a cargo da empresa Mota-Engil Railway Engineering SA e da subcontratada Socicarril. É esperado, portanto, que esta empreitada seja finalizada ainda no final do presente mês.

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MCLV, 9 de abril de 2025
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