terça-feira, 2 de dezembro de 2025
terça-feira, 7 de outubro de 2025
Na sua argumentação, o antigo secretário de estado recorreu a um estudo que técnicos da IP apresentaram ao governo em 2022, segundo o qual "a Linha do Vouga tem 303 curvas, das quais 222 (mais de dois terços) têm um raio inferior a 200 metros, o que significa que não se pode circular a mais de 50 km/h". Isto para mostrar que mudar a bitola desta via férrea, na prática, é construir uma linha inteiramente nova, e por isso Frederico Francisco considera "virtualmente impossível" que os novos estudos que o governo de Pinto Luz mandara executar venham a demonstrar o contrário.
Relembrou, ainda, que "os governos do PS incluíram a modernização e eletrificação desta linha no PNI2030" e que "as obras começaram, inclusive no troço central", cuja renovação (de via) já se encontra concluída, e por isso não consegue entender o porquê do serviço de passageiros ainda não ter sido ali reposto.
A resposta da parte do governo coube ao atual secretário de estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, que afirmou, com alguma insolência, que "o troço central não foi renovado" e que a intervenção ali feita serviu apenas para dotá-lo de "condições mínimas para nenhum comboio cair" e não para "servir para uma atividade da CP". Ora, na verdade, e aproveitando para esclarecer o senhor secretário de estado, a CP nunca deixou de ter atividade neste troço, uma vez que sempre recorreu a ele para fazer a rotação do material circulante e para levá-lo às suas oficinas, em Sernada do Vouga.
Além disso, quando diz que o troço central não fora renovado, Hugo Espírito Santo profere uma afirmação manifestamente falsa, e no nosso entender, desrespeitosa por quem ali executou a obra, pelo dinheiro ali investido (6,2 milhões de euros) e até mesmo por quem utiliza ou aspira a utilizar este meio de transporte. Mais grave ainda, o senhor secretário de estado faz estas afirmações depois da Infraestruturas de Portugal (IP), a empresa pública sob tutela do Ministério das Infraestruturas e Habitação, e do próprio ministro Miguel Pinto Luz, terem feito propaganda à conclusão desta obra, que segundo os quais, "reforça os níveis de fiabilidade, segurança, conforto e qualidade de serviço da infraestrutura ferroviária, beneficiando os milhares de passageiros que utilizam diariamente esta ligação".
Desta forma, acompanhamos integralmente as preocupações de Frederico Francisco nas diversas questões, assim como manifestamos a nossa profunda revolta e incompreensão pela inoperância da tutela em criar os (poucos) meios necessários que permitam a imediata reposição do serviço comercial de passageiros por via ferroviária, nem que seja pelo menos o que era efetuado antes da sua suspensão, em 2013, e que continua a ser realizado por via do táxi. Parafraseando o próprio Frederico Francisco, é preferível ter um serviço ferroviário não ideal a nenhum serviço e é por isso que apelamos e exigimos a sua imediata reposição, pois como já aqui fora referido, "não há nenhuma boa razão para que o serviço ferroviário entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga não seja retomado de imediato, após a conclusão das obras de renovação da linha".
©️ Imagens: ARTV
sábado, 23 de agosto de 2025
domingo, 10 de agosto de 2025
Autoria do vídeo: Fernando Liberato
quarta-feira, 23 de julho de 2025
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| Locomotiva CP 9005 pronta a tracionar o comboio histórico para marcha de ensaios. Foto: Vitor Gomes |
Neste vídeo, mostramos o momento exato em que, no passado dia 17 de julho, em Aveiro, a locomotiva Euskalduna/Alsthom CP 9005 regressou à Linha do Vouga, após um longo período de restauro nas oficinas da CP. Nos últimos dias, têm decorrido as respetivas marchas de ensaio, nas quais, inclusive, a histórica locomotiva diesel já tracionou o comboio histórico, entre Sernada do Vouga e Aveiro.
sexta-feira, 18 de julho de 2025
Na manhã de ontem, a histórica locomotiva Euskalduna/Alsthom CP 9005 foi transportada de Contumil para Aveiro, onde chegou à Linha do Vouga pouco depois do meio-dia.
Galeria de imagens
Vídeo
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Na última segunda-feira, o nosso representante Mário Pereira assistiu à assembleia municipal de Santa Maria da Feira, onde aproveitou o tempo de intervenção do público para falar sobre a Linha do Vouga.
sexta-feira, 27 de junho de 2025
O MCLV está preocupado com o estacionamento abusivo junto à estação terminal de Espinho-Vouga e nesse sentido deslocou-se ao terreno para apelar à IP para que encontre uma solução para o problema. Partilhamos aqui um vídeo onde Vitor Gomes explica o que aconteceu recentemente, com um comboio a ser impedido de concluir a sua marcha.
domingo, 22 de junho de 2025
A propósito da nossa carta aberta ao ministro das Infraestruturas e do mais recente artigo sobre a Linha do Vouga divulgado pelo jornal "Público", o MCLV foi convidado pelo Porto Canal a prestar alguns esclarecimentos.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
O país vizinho acabou de encostar material circulante que acreditamos que poderia ser utilizado na Linha do Vouga. Com a conclusão da modernização da Linha de Alicante a Dénia, seis automotoras diesel, modernizadas em 2005, prestaram o último serviço no passado dia 27 de janeiro.
Um dos grandes problemas da Linha do Vouga é o facto de ter um parque de material circulante bastante reduzido e pouco moderno. Há alguns anos que vimos a apelar para que esse parque seja reforçado e inclusive alguns responsáveis da CP até já afirmaram que haviam identificado composições em Espanha e Grécia com vista ao seu aluguer. A verdade é que os anos têm passado e ainda não chegou um único novo comboio a esta linha, continuando a ser as "antigas" UDD 9630, que com grandes dificuldades, vão dando a resposta possível ao serviço comercial de passageiros.
Com a conclusão dos trabalhos de renovação do troço central, e não se vislumbrando sequer um projeto para eletrificação da linha conforme previsto no Plano Nacional Ferroviário, torna-se imprescindível a ampliação da frota de comboios (a diesel) a curto prazo, para que a operadora pública possa prestar um serviço minimamente adequado às necessidades das populações. Eventualmente, a solução poderia passar pelo aluguer destas automotoras que acabaram de ser encostadas no país vizinho.
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| A automotora 2511/2512 (antiga 2315/2316), em Villajoyosa, em 2007. Foto: F. Sabaté (Listadotren) |
Ora, as automotoras de que falamos tratam-se das FGV Tram série 2500, que nasceram a partir da modernização das antigas MAN 2300, construídas a partir de 1966. Com uma renovação e modernização muito semelhante à efetuada nas Feve 2600, as seis unidades mantiveram os motores MAN, tendo sido adaptadas à marca "Tram", a partir de 2005, pela Sunsundegui. Como a Linha Alicante-Dénia está atualmente integrada no sistema de Tram metropolitano de Alicante, a empresa Ferrocarrils de la Generalitat Valenciana (FGV) anunciou, em maio de 2017, o processo de aquisição de seis novos comboios duplos de piso rebaixado por 52,8 milhões de euros, para substituir toda a série 2500, que permanecia em funcionamento apenas na parte não electrificada dessa linha (Benidorm-Dénia). Com a conclusão da modernização desse troço, o serviço passou a ser assegurado pelas unidades da série 5000, o que ditou a reforma da série 2500, que prestou o último serviço no passado dia 27 de janeiro.
Ficha técnica das FGV Tram série 2500: https://www.listadotren.es/carac/fichadatos.php?id=484
Vídeo de tributo às FGV Tram série 2500:
MCLV, 10 de fevereiro de 2025
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Foi há precisamente um ano que estreava na RTP o documentário "Bitola Estreita".
Realizado por João António Carvalho em 2021, este terá sido provavelmente o primeiro e único documentário produzido até aos dias de hoje dedicado em exclusivo à Linha do Vouga.
Com uma duração de 48 minutos, este começa por mostrar o triste desfecho da maioria daquelas que sempre foram o parente pobre da ferrovia nacional: as linhas de bitola estreita (também conhecidas por linhas de via estreita ou linhas de bitola métrica). Ao longo do filme, várias personalidades políticas e antigos trabalhadores da Linha do Vouga prestam o seu testemunho em defesa desta via centenária. Termina mostrando as potencialidades turísticas da Linha do Vouga com imagens soberbas do seu Comboio Histórico.
Num ano em que novas decisões políticas poderão colocar em causa o pouco que resta da bitola métrica em Portugal, esta é por isso uma ótima oportunidade para ver ou rever este excelente documentário.
Também disponível na RTP Play, aqui.
MCLV, 30 de dezembro de 2024
sábado, 28 de dezembro de 2024
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| Locomotiva CP E132 pronta a inverter o sentido de marcha na placa giratória da estação de Oliveira de Azeméis, no ano de 1973. |
Como é sabido, será criado um Museu dedicado à Linha do Vouga num dos edifícios contíguos à estação de Oliveira de Azeméis.
O projeto que câmara municipal daquela localidade pretende levar a cabo, além da transformação de um antigo armazém numa secção museológica, prevê ainda a recuperação do edifício dos antigos dormitórios para a criação de uma residência artística, bem como a recuperação dos jardins para aproveitamento turístico e a criação de uma bolsa de estacionamento.
Uma vez ainda não existirem quaisquer planos a esse respeito, o MCLV identificou este projeto como uma verdadeira oportunidade para que seja recuperada e reativada aquela que consideramos ser a peça ferroviária de maior valor e interesse museológico que ali subsiste: a placa giratória. Este aparelho centenário, também conhecido como "redonda", tinha a função de permitir a inversão do sentido de marcha das antigas locomotivas a vapor. Há alguns anos, com a simplificação do layout daquela estação, foi removido um dos aparelhos de mudança de via da entrada norte, o que deixou aquela peça desligada da rede ferroviária.
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| Estado atual da placa giratória: ao completo abandono e desligada da rede ferroviária. |
Ora, dado o sucesso da exploração turística da linha, onde se tem verificado várias viagens esgotadas do Comboio Histórico do Vouga, a CP pretende continuar a apostar neste setor e tem inclusive em vista, além da reparação da locomotiva a vapor CP E214, o restauro e reconversão para queima de diesel da locomotiva CP E92, para que esta possa funcionar durante todo o ano. Com a finalização das obras de renovação do troço central, esta será uma oportunidade de ouro para que a exploração turística possa ser estendida a outros pontos da linha, pelo que fará todo o sentido que isso aconteça pelo menos até Oliveira de Azeméis.
A recuperação da placa giratória aliada à criação do novo museu, permitiria transformar todo o espaço da estação num autêntico museu vivo, potenciando o seu interesse e alavancando a própria procura pelo serviço regular de passageiros. Estamos convencidos que para isso acontecer até nem seria necessário um grande investimento. O restauro da placa propriamente dita deverá ser o desafio de maior exigência dado o seu estado de degradação, no entanto, para ligá-la novamente à rede bastará prolongar alguns metros a via de resguardo.
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| Nesta vista aérea mostramos como a placa giratória poderá voltar a estar ligada à rede ferroviária aproveitando a via de resguardo. |
Esperamos, por isso, a melhor das atenções a esta nossa sugestão por parte da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, da Infraestruturas de Portugal, da CP-Comboios de Portugal e da Fundação do Museu Nacional Ferroviário.
Vídeo da provável última utilização da placa giratória da estação de Oliveira de Azeméis, em 1998:
MCLV, 28 de dezembro de 2024
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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| Allan CP9310 no exterior das oficinas de Guifões, a 23 de novembro de 2024. Foto: Histórias de Comboios |
A propósito da celebração do seu 47° aniversário, a APAC organizou uma viagem especial para visita ao Complexo Oficinal de Guifões.
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
MCLV, 26 de setembro de 2024
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
Para garantir uma modernização realista, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista financeiro, é fundamental que se mantenha a bitola métrica na Linha do Vouga. Neste vídeo, o MCLV desloca-se a vários pontos da linha para mostrar e explicar alguns do motivos que nos levam a defender esta tese.
sexta-feira, 2 de agosto de 2024
MCLV, 2 de agosto de 2024
terça-feira, 2 de abril de 2024
"Bitola Estreita", realizado por João António Carvalho, será provavelmente o primeiro e único documentário realizado até aos dias de hoje dedicado em exclusivo à Linha do Vouga. Já se encontra disponível para visualização na RTP Play!
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
segunda-feira, 7 de agosto de 2023
quinta-feira, 9 de março de 2023
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| Clique na imagem para ouvir |























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