quarta-feira, 2 de julho de 2025
sexta-feira, 27 de junho de 2025
O MCLV está preocupado com o estacionamento abusivo junto à estação terminal de Espinho-Vouga e nesse sentido deslocou-se ao terreno para apelar à IP para que encontre uma solução para o problema. Partilhamos aqui um vídeo onde Vitor Gomes explica o que aconteceu recentemente, com um comboio a ser impedido de concluir a sua marcha.
domingo, 22 de junho de 2025
A propósito da nossa carta aberta ao ministro das Infraestruturas e do mais recente artigo sobre a Linha do Vouga divulgado pelo jornal "Público", o MCLV foi convidado pelo Porto Canal a prestar alguns esclarecimentos.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
O país vizinho acabou de encostar material circulante que acreditamos que poderia ser utilizado na Linha do Vouga. Com a conclusão da modernização da Linha de Alicante a Dénia, seis automotoras diesel, modernizadas em 2005, prestaram o último serviço no passado dia 27 de janeiro.
Um dos grandes problemas da Linha do Vouga é o facto de ter um parque de material circulante bastante reduzido e pouco moderno. Há alguns anos que vimos a apelar para que esse parque seja reforçado e inclusive alguns responsáveis da CP até já afirmaram que haviam identificado composições em Espanha e Grécia com vista ao seu aluguer. A verdade é que os anos têm passado e ainda não chegou um único novo comboio a esta linha, continuando a ser as "antigas" UDD 9630, que com grandes dificuldades, vão dando a resposta possível ao serviço comercial de passageiros.
Com a conclusão dos trabalhos de renovação do troço central, e não se vislumbrando sequer um projeto para eletrificação da linha conforme previsto no Plano Nacional Ferroviário, torna-se imprescindível a ampliação da frota de comboios (a diesel) a curto prazo, para que a operadora pública possa prestar um serviço minimamente adequado às necessidades das populações. Eventualmente, a solução poderia passar pelo aluguer destas automotoras que acabaram de ser encostadas no país vizinho.
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A automotora 2511/2512 (antiga 2315/2316), em Villajoyosa, em 2007. Foto: F. Sabaté (Listadotren) |
Ora, as automotoras de que falamos tratam-se das FGV Tram série 2500, que nasceram a partir da modernização das antigas MAN 2300, construídas a partir de 1966. Com uma renovação e modernização muito semelhante à efetuada nas Feve 2600, as seis unidades mantiveram os motores MAN, tendo sido adaptadas à marca "Tram", a partir de 2005, pela Sunsundegui. Como a Linha Alicante-Dénia está atualmente integrada no sistema de Tram metropolitano de Alicante, a empresa Ferrocarrils de la Generalitat Valenciana (FGV) anunciou, em maio de 2017, o processo de aquisição de seis novos comboios duplos de piso rebaixado por 52,8 milhões de euros, para substituir toda a série 2500, que permanecia em funcionamento apenas na parte não electrificada dessa linha (Benidorm-Dénia). Com a conclusão da modernização desse troço, o serviço passou a ser assegurado pelas unidades da série 5000, o que ditou a reforma da série 2500, que prestou o último serviço no passado dia 27 de janeiro.
Ficha técnica das FGV Tram série 2500: https://www.listadotren.es/carac/fichadatos.php?id=484
Vídeo de tributo às FGV Tram série 2500:
MCLV, 10 de fevereiro de 2025
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Foi há precisamente um ano que estreava na RTP o documentário "Bitola Estreita".
Realizado por João António Carvalho em 2021, este terá sido provavelmente o primeiro e único documentário produzido até aos dias de hoje dedicado em exclusivo à Linha do Vouga.
Com uma duração de 48 minutos, este começa por mostrar o triste desfecho da maioria daquelas que sempre foram o parente pobre da ferrovia nacional: as linhas de bitola estreita (também conhecidas por linhas de via estreita ou linhas de bitola métrica). Ao longo do filme, várias personalidades políticas e antigos trabalhadores da Linha do Vouga prestam o seu testemunho em defesa desta via centenária. Termina mostrando as potencialidades turísticas da Linha do Vouga com imagens soberbas do seu Comboio Histórico.
Num ano em que novas decisões políticas poderão colocar em causa o pouco que resta da bitola métrica em Portugal, esta é por isso uma ótima oportunidade para ver ou rever este excelente documentário.
Também disponível na RTP Play, aqui.
MCLV, 30 de dezembro de 2024
sábado, 28 de dezembro de 2024
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Locomotiva CP E132 pronta a inverter o sentido de marcha na placa giratória da estação de Oliveira de Azeméis, no ano de 1973. |
Como é sabido, será criado um Museu dedicado à Linha do Vouga num dos edifícios contíguos à estação de Oliveira de Azeméis.
O projeto que câmara municipal daquela localidade pretende levar a cabo, além da transformação de um antigo armazém numa secção museológica, prevê ainda a recuperação do edifício dos antigos dormitórios para a criação de uma residência artística, bem como a recuperação dos jardins para aproveitamento turístico e a criação de uma bolsa de estacionamento.
Uma vez ainda não existirem quaisquer planos a esse respeito, o MCLV identificou este projeto como uma verdadeira oportunidade para que seja recuperada e reativada aquela que consideramos ser a peça ferroviária de maior valor e interesse museológico que ali subsiste: a placa giratória. Este aparelho centenário, também conhecido como "redonda", tinha a função de permitir a inversão do sentido de marcha das antigas locomotivas a vapor. Há alguns anos, com a simplificação do layout daquela estação, foi removido um dos aparelhos de mudança de via da entrada norte, o que deixou aquela peça desligada da rede ferroviária.
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Estado atual da placa giratória: ao completo abandono e desligada da rede ferroviária. |
Ora, dado o sucesso da exploração turística da linha, onde se tem verificado várias viagens esgotadas do Comboio Histórico do Vouga, a CP pretende continuar a apostar neste setor e tem inclusive em vista, além da reparação da locomotiva a vapor CP E214, o restauro e reconversão para queima de diesel da locomotiva CP E92, para que esta possa funcionar durante todo o ano. Com a finalização das obras de renovação do troço central, esta será uma oportunidade de ouro para que a exploração turística possa ser estendida a outros pontos da linha, pelo que fará todo o sentido que isso aconteça pelo menos até Oliveira de Azeméis.
A recuperação da placa giratória aliada à criação do novo museu, permitiria transformar todo o espaço da estação num autêntico museu vivo, potenciando o seu interesse e alavancando a própria procura pelo serviço regular de passageiros. Estamos convencidos que para isso acontecer até nem seria necessário um grande investimento. O restauro da placa propriamente dita deverá ser o desafio de maior exigência dado o seu estado de degradação, no entanto, para ligá-la novamente à rede bastará prolongar alguns metros a via de resguardo.
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Nesta vista aérea mostramos como a placa giratória poderá voltar a estar ligada à rede ferroviária aproveitando a via de resguardo. |
Esperamos, por isso, a melhor das atenções a esta nossa sugestão por parte da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, da Infraestruturas de Portugal, da CP-Comboios de Portugal e da Fundação do Museu Nacional Ferroviário.
Vídeo da provável última utilização da placa giratória da estação de Oliveira de Azeméis, em 1998:
MCLV, 28 de dezembro de 2024
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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Allan CP9310 no exterior das oficinas de Guifões, a 23 de novembro de 2024. Foto: Histórias de Comboios |
A propósito da celebração do seu 47° aniversário, a APAC organizou uma viagem especial para visita ao Complexo Oficinal de Guifões.
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
MCLV, 26 de setembro de 2024
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
Para garantir uma modernização realista, quer do ponto de vista técnico, quer do ponto de vista financeiro, é fundamental que se mantenha a bitola métrica na Linha do Vouga. Neste vídeo, o MCLV desloca-se a vários pontos da linha para mostrar e explicar alguns do motivos que nos levam a defender esta tese.
sexta-feira, 2 de agosto de 2024
MCLV, 2 de agosto de 2024
terça-feira, 2 de abril de 2024
"Bitola Estreita", realizado por João António Carvalho, será provavelmente o primeiro e único documentário realizado até aos dias de hoje dedicado em exclusivo à Linha do Vouga. Já se encontra disponível para visualização na RTP Play!
quinta-feira, 23 de novembro de 2023
segunda-feira, 7 de agosto de 2023
quinta-feira, 9 de março de 2023
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Clique na imagem para ouvir |
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023
O Movimento Cívico pela Linha do Vouga esteve ontem presente no debate promovido pelo jornal sanjoanense "O Regional", ao qual agradecemos ter tido a iniciativa de debater uma questão tão importante para a nossa região. Dos factos a reter das apresentações dos especialistas Pedro Meda, do Instituto da Construção, e Alberto Aroso, especialista em transportes e vias de comunicação, destacamos primeiramente a constatação de que o tempo actual de viagem entre Oliveira de Azeméis e Vila Nova de Gaia ronda 1 hora e 35 minutos. Mantendo a bitola métrica e efectuando a correção de traçado, esse tempo passará para 1 hora e 15 minutos, enquanto que alterando o traçado para bitola ibérica ficaria em apenas 1 hora. A diferença de 15 minutos entre ambas está relacionada com o suposto tempo de transbordo, sendo que contabilizando paragens apenas nas sedes de concelho, o tempo de viagem poderia ser de 30 minutos. Foi ainda dito que a solução da bitola ibérica custa mais 72 milhões do que a bitola métrica, ou seja, caso a linha seja convertida para bitola ibérica iremos pagar mais 72 milhões em troca de apenas menos 15 minutos de viagem. Significa, portanto, que serão necessários 112 milhões de euros para renovar a linha em bitola ibérica, apenas entre Oliveira de Azeméis e Espinho. Os 120 milhões da proposta do Governo prevêm requalificar a linha inteira, de Espinho a Aveiro. Embora tenhamos sérias dúvidas da veracidade, foi dito que estes 120 milhões serão usados na sua maior parte entre Aveiro e Sernada do Vouga. Estes valores não contemplam o valor a pagar pelas expropriações, sendo que a bitola estreita contempla, nos planos dos especialistas, 20% de correção do traçado, ao passo que a bitola ibérica implica corrigir 60% do traçado. O problema é que ficamos a saber que, supostamente, o Plano Ferroviário Nacional não contempla a correção de traçado na Linha do Vouga, apenas a sua electrificação. A ser verdade, consideramos não ser aceitável, pois não teremos alterações nos tempos de viagem que tornem a linha competitiva. Deste modo, pedimos urgentemente ao Governo para que altere o PFN nesse sentido. Neste debate, ficamos também a saber que desde 2020 que há um contrato de serviço público para a Linha do Vouga, entre a CP e o Governo, que prevê verbas para alugar de material circulante. Essa verba pode e deve ser usada, pelo que pedimos a sua execução imediata. Há que considerar que a Linha do Vouga tem mais passageiros do que a Linha da Beira Alta ou a Linha da Beira Baixa, no entanto, ambas as linhas já receberam mais financiamento do que a Linha do Vouga. Não somos contra os investimentos nessas duas linhas, mas exigimos o mesmo tratamento, pois não merecemos ser discriminados relativamente ao resto do país. Foi, ainda, dito que uma possível interface em Rio Meão com a linha de alta velocidade custaria 40 milhões e que há o risco da ligação à linha do Norte, em Silvalde, ser chumbada pelo estudo de impacto ambiental, sem que no entanto tenha sido referida uma alternativa. Perante estes factos, Mário Pereira, que esteve presente na sessão com Vítor Gomes em representação do MCLV, questionou os especialistas e aproveitou para clarificar que a questão do turismo é secundária, sendo que o principal foco do MCLV é a defesa do serviço regular de passageiros.
Mário Pereira relembrou que "andamos há praticamente 11 anos a pedir a integração no Andante e na CP Porto, o que pode ser feito amanhã, pois é uma questão administrativa" e usou o seu próprio exemplo, pois trabalha numa fábrica a 500 metros da linha, mas não tem apeadeiro, nem horários convenientes, que sirvam quem trabalha por turnos, por exemplo. "Os horários também podem ser alterados amanhã", afirmou. Questionou, ainda, onde seria o ponto de entroncamento com a linha do Norte caso fosse chumbada a ligação em Silvalde, assim como o porquê de não ter sido contemplado o estudo/hipótese de utilização de comboios bi-bitola, que permitiriam a ligação directa ao Porto, sem ser necessária a mudança de bitola. Utilizou também o exemplo da linha de Guimarães, na qual a bitola foi alterada, mas não houve ganhos de velocidade. Relativamente à questão dos comboios bi-bitola, em reposta foi-nos dito que seriam caros, pois teriam de ser feitos de origem para a bitola ibérica. Ainda assim, perguntamos nós: não ficariam mais baratos do que o acréscimo de 72 milhões que a alteração da bitola implicará?
Por último, Mário Pereira questionou a obsessão pela ligação direta ao Porto e o porquê de não se falar na ligação a Aveiro, onde temos a universidade e a segurança social, assim como a ligação a Albergaria-a-Velha e a Águeda. Castro Almeida e Emídio Sousa, que presenciaram igualmente o debate, responderam que também consideram importante a ligação a Aveiro, embora a prioridade seja o Porto. Castro Almeida justificou o facto de não ter intervido mais na questão da Linha do Vouga quando foi autarca com o facto de não estar prevista a Linha de Alta Velocidade, não sendo possível, nessa época, a ligação direta ao Porto por falta de capacidade na Linha do Norte para comboios vindos da Linha do Vouga. José Nuno Vieira, vice-presidente de São João da Madeira, criticou a falta de contraditório, visto que Pedro Meda foi neutro e apenas apresentou as duas soluções. Alberto Aroso defendeu a bitola ibérica, pelo que José Vieira considerou também que faltou alguém no painel para defender a bitola métrica, para que houvesse um debate mais enriquecedor entre os próprios especialistas. O líder do Partido Socialista sanjoanense, Leonardo Silva Martins, foi o único a defender publicamente a bitola métrica, ao qual agradecemos. Deu o exemplo da linha da Lousã, que conhece por ter sido estudante em Coimbra, para ilustrar que depois do arranque dos carris, o comboio nunca mais voltou. Também referiu o falhanço da conversão da linha de Guimarães e pediu mudanças no sistema de bilhética.
Destacamos, por último, a intervenção do autarca de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, que pediu união dos autarcas e que não se politizasse a questão. Sobre os especialistas, destacamos a isenção e rigor do eng. Pedro Meda, que apresentou as duas soluções possíveis. Já o Eng. Alberto Aroso esteve longe de dar um contributo técnico, pois consideramos que se limitou a assumir o papel de representante do seu partido, o PSD. Aliás, em toda a sua intervenção, fala do comboio direto ao Porto e chega a sugerir a ligação ao aeroporto, mas no slide da sua apresentação apenas calculou os tempos de viagem até Vila Nova de Gaia. Com tudo isto, consideramos que Alberto Aroso criou uma verdadeira ilusão, que apenas gera ruído para defender a ideia do seu partido. Como sabe que a viagem estará perto dos 70 minutos e que por isso não é competitiva com o automóvel, faz uma analise apenas até Vila Nova de Gaia. Além do mais, é falso que a diferença da obra de via estreita para via larga seja de 450 para 600 euros por metro linear. Falso é também o argumento de que o transbordo demorará mais do que 15 minutos, assim como dizer que não há solução para a troca de bitola em caso de aposta em comboios bi-bitola. Também não é verdade que o comboio em via larga será mais rápido do que em via estreita. Questionamos o porquê da razão de Alberto Aroso não colocar a hipótese de uma estação intermodal com linha de alta velocidade e o porquê de não ter apresentado uma proposta para alteração da via larga em sede de propostas do PFN como fez para a linha de Trás os Montes. As afirmações feitas pelo especialista sobre a eventualidade de ser criada uma estação intermodal no local onde a linha do Vouga cruzará com a nova linha de alta velocidade estão sem rigor técnico e só tiveram um único objetivo: enganar os presentes. Não há a necessidade de se fazerem obras 5 quilómetros antes e 5 quilómetros depois, assim como os custos da estação só serão elevados se se optar por um mega monumento. Além disso, consideramos aceitável enquandrar o preço nos serviços de média distância, pois em Espanha é de apenas 8 euros.
Pode assistir ao debate completo aqui:
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
O Movimento Cívico pela Linha do Vouga (MCLV) assistiu ontem à conferência promovida pela Associação de Municípios de Terras de Santa Maria (AMTSM) intitulada "A Linha do Vouga - Que futuro?" e foi com grande satisfação que constatamos uma clara vitória da solução de modernização da Linha do Vouga mantendo a atual bitola. A opinião dos três especialistas presentes foi unânime na defesa da continuidade da via estreita em Portugal, sendo que o único elemento que iria defender a bitola ibérica acabou por não comparecer. O debate que fora introduzido e conduzido pelo próprio presidente da autarquia feirense, Emídio Sousa, contou com a presença dos presidentes de câmara inseridos na AMTSM, assim como a de Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda. O certame encerrou com as palavras do atual presidente da associação promotora do debate, o presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra, José Pinheiro.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
Apoiamos a solução métrica! Rejeitamos a ilusão ibérica!
segunda-feira, 28 de novembro de 2022


