Movimento Cívico pela Linha do Vouga

"Estamos na luta pela Linha do Vouga. Todos nós sonhamos com algo e todos nós ambicionamos algo. Aquilo com que sonhamos e com que ambicionamos é que a via estreita tenha um futuro e não um fim. Queremos que preservem a última linha de via estreita do país, que a renovem, que lhe "limpem a cara". Não queremos que a eliminem pois faz parte da nossa história. Queremos que os nossos filhos, netos e bisnetos, possam, no futuro, desfrutar das mesmas aventuras que todos nós (ainda) podemos desfrutar. A história da Linha do Vouga é algo que tem de ser preservado, pois um país que não preserve a sua história, não é um país. A via tem um potencial turístico enorme, assim como uma afluência de passageiros que consideramos sustentável caso a oferta de comboios seja melhorada. Em Espanha, encontram-se alguns exemplos de como a via estreita pode ser rentável no século XXI, basta para isso algum dinamismo e vontade política para que isso aconteça de igual modo em Portugal."

A Linha do Vouga Propostas e Reivindicações

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Publicações

terça-feira, 7 de outubro de 2025

Intervenção e resposta ao deputado Frederico Francisco sobre a Linha do Vouga na Comissão de Infraestruturas, Mobilidade e Habitação


No passado dia 30 de setembro, a propósito da audição regimental a Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas e Habitação, na Comissão de Infraestruturas, Mobilidade e Habitação, o atual deputado do PS e especialista em ferrovia, Frederico Francisco, aproveitou o tempo da sua segunda intervenção para falar exclusivamente sobre a Linha do Vouga, e dessa forma, para questionar o ministro sobre o porquê de escolher "criar expectativas de uma mudança (de bitola) milagrosa, mas que dificilmente vai acontecer", em vez de optar por "implementar uma melhoria mais modesta, mas imediata".  
 


Na sua argumentação, o antigo secretário de estado recorreu a um estudo que técnicos da IP apresentaram ao governo em 2022, segundo o qual "a Linha do Vouga tem 303 curvas, das quais 222 (mais de dois terços) têm um raio inferior a 200 metros, o que significa que não se pode circular a mais de 50 km/h". Isto para mostrar que mudar a bitola desta via férrea, na prática, é construir uma linha inteiramente nova, e por isso Frederico Francisco considera "virtualmente impossível" que os novos estudos que o governo de Pinto Luz mandara executar venham a demonstrar o contrário.


Relembrou, ainda, que "os governos do PS incluíram a modernização e eletrificação desta linha no PNI2030" e que "as obras começaram, inclusive no troço central", cuja renovação (de via) já se encontra concluída, e por isso não consegue entender o porquê do serviço de passageiros ainda não ter sido ali reposto.


A resposta da parte do governo coube ao atual secretário de estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, que afirmou, com alguma insolência, que "o troço central não foi renovado" e que a intervenção ali feita serviu apenas para dotá-lo de "condições mínimas para nenhum comboio cair" e não para "servir para uma atividade da CP". Ora, na verdade, e aproveitando para esclarecer o senhor secretário de estado, a CP nunca deixou de ter atividade neste troço, uma vez que sempre recorreu a ele para fazer a rotação do material circulante e para levá-lo às suas oficinas, em Sernada do Vouga. 


Além disso, quando diz que o troço central não fora renovado, Hugo Espírito Santo profere uma afirmação manifestamente falsa, e no nosso entender, desrespeitosa por quem ali executou a obra, pelo dinheiro ali investido (6,2 milhões de euros) e até mesmo por quem utiliza ou aspira a utilizar este meio de transporte. Mais grave ainda, o senhor secretário de estado faz estas afirmações depois da Infraestruturas de Portugal (IP), a empresa pública sob tutela do Ministério das Infraestruturas e Habitação, e do próprio ministro Miguel Pinto Luz, terem feito propaganda à conclusão desta obra, que segundo os quais, "reforça os níveis de fiabilidade, segurança, conforto e qualidade de serviço da infraestrutura ferroviária, beneficiando os milhares de passageiros que utilizam diariamente esta ligação". 


Desta forma, acompanhamos integralmente as preocupações de Frederico Francisco nas diversas questões, assim como manifestamos a nossa profunda revolta e incompreensão pela inoperância da tutela em criar os (poucos) meios necessários que permitam a imediata reposição do serviço comercial de passageiros por via ferroviária, nem que seja pelo menos o que era efetuado antes da sua suspensão, em 2013, e que continua a ser realizado por via do táxi. Parafraseando o próprio Frederico Francisco, é preferível ter um serviço ferroviário não ideal a nenhum serviço e é por isso que apelamos e exigimos a sua imediata reposição, pois como já aqui fora referido, "não há nenhuma boa razão para que o serviço ferroviário entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga não seja retomado de imediato, após a conclusão das obras de renovação da linha". 


©️ Imagens: ARTV


domingo, 5 de outubro de 2025

Um partido político a sugerir o fim da Linha do Vouga?!

Cartaz da IL colocado próximo à estação de São João da Madeira. Foto: Vítor Gomes

Poderia tratar-se apenas de uma brincadeira de mau gosto, mas é isso o que sugere um cartaz da IL colocado junto à passagem de nível localizada a escassos metros a sul da estação de São João da Madeira.

Reconhecemos total legitimidade às populações da zona sul da Área Metropolitana do Porto em reivindicarem o prolongamento do Metro do Porto aos seus concelhos, no entanto misturar isso com a modernização da Linha do Vouga é no mínimo imprudente e revelador de desconhecimento da nossa realidade ferroviária. Apesar dessa reivindicação não estar explícita no cartaz, e até reconhecendo que possa não ser esse o objetivo da sua mensagem, a verdade é que da forma como está elaborado acaba por levar a esse entendimento. 


A Linha do Vouga já presta um serviço semelhante ao de um metro que, infelizmente, ainda não está modernizado. Se todos quisermos vencer ambas as lutas, não misturar "alhos com bugalhos" já será um bom princípio. Sugerir o encerramento da Linha do Vouga para se alcançar o tal "metro", seja ele através da reconversão em metro de superfície, seja ele através do prolongamento do Metro do Porto, é de facto de uma lamentável imprudência, pois como tão bem sabemos, no nosso país uma linha que encerra poderá nunca mais reabir.


sábado, 23 de agosto de 2025

Entrevista ao Porto Canal: supressões continuam na Linha do Vouga


No passado dia 20 de Agosto, o MCLV deu o testemunho sobre as supressões que têm assolado a linha do Vouga há mais de um mês. Voltamos a apelar aos responsáveis políticos que intervenham junto do governo.



terça-feira, 19 de agosto de 2025

Esclarecimento


Foi com agrado e entusiasmo que colaboramos com o jornal Público no sentido de divulgar e denunciar os atrasos e supressões abusivas que se têm verificado ultimamente na Linha do Vouga. No entanto, em defesa da sua honra, o MCLV lamenta ver-se novamente visado por algumas afirmações presentes neste artigo, desta vez vindas do edil aguedense, Jorge Almeida, cujas insinuações, que consideramos infundadas, nos deixaram particularmente surpreendidos, apreensivos e entristecidos, já que é pública a consideração, o respeito e a admiração que temos por este autarca. 


Ainda assim, e deste modo, compete-nos esclarecer o seguinte: 


1) Em momento algum acusamos a atual administração da CP de "desleixo", apesar do evidente negligenciamento a que está votado o serviço ferroviário na Linha do Vouga, de resto, tal como ficou demonstrado pelo próprio artigo do jornal Público; 


2) O MCLV é totalmente apartidário, logo não somos movidos por qualquer interesse nem agimos em função de qualquer agenda político-partidária. Aquilo que nos move é a vontade e a crença em ter uma Linha do Vouga moderna, em bitola métrica e de classe mundial, que preste um serviço ferroviário digno, que sirva a todos os seus utentes (onde nos incluímos) com o máximo de conforto e fiabilidade, sejam eles estudantes, trabalhadores, veraneantes ou turistas; 


3) Não há um momento certo ou errado para manifestar as nossas reivindicações. Errado seria vermos a decadência a que está votado o serviço ferroviário na Linha do Vouga e nada fazer, independentemente se estamos, ou não, a caminho de uma campanha para eleições autárquicas, as quais em nada nos dizem respeito, a não ser no próprio direito que respeita a qualquer cidadão de ir votar no dia 12 de outubro.


Artigo do jornal Público: https://www.publico.pt/2025/08/18/local/noticia/dez-dias-cp-suprimiu-67-comboios-linha-vouga-2144216


quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Comunicado


O Movimento Cívico pela Linha do Vouga vem por este meio apelar e exigir ao Governo de Portugal e às empresas públicas por este mandatadas e que gerem a nossa ferrovia, nomeadamente, a Infraestruturas de Portugal e a CP - Comboios de Portugal, para que tomem as diligências necessárias que permitam a imediata reposição do serviço comercial ferroviário no troço central da Linha do Vouga, entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga. 


Assim, e atendendo às últimas notícias veiculadas por diversos meios de imprensa escrita regional e nacional referentes tanto à conclusão da reabilitação da infraestrutura, como às intenções da operadora quanto à futura exploração comercial, não podemos aceitar que no imediato não sejam repostas, pelo menos, as circulações existentes antes da suspensão do serviço ferroviário neste troço, no ano de 2013, e que é atualmente realizado por via do táxi. 


Por isso, no nosso entender, no imediato compete à Infraestruturas de Portugal: 


1) Criar as condições mínimas necessárias para que seja colocado um funcionário, provisoriamente, nas passagem de nível com guarda sem automatização, nomeadamente à saída de Oliveira de Azeméis e à entrada de Albergaria-a-Velha; 


2) Colocar plataformas provisórias nas paragens que não estejam, atualmente, dotadas das condições mínimas exigidas pela operadora (a exemplo do que se fez na Linha de Leixões); 


3) Acelerar ao máximo o processo de reposição dos Aparelhos de Mudança de Via (AMV's) para que a operadora possa futuramente implementar horários mais atrativos. 


Compete, ainda, à CP: 


1) Logo que a IP crie as condições anteriormente referidas, repor imediatamente as circulações do serviço ferroviário previamente existentes aquando da sua suspensão; 


2) No imediato, tornar o serviço mais atrativo, adicionando, pelo menos, mais uma circulação em cada sentido, na parte da manhã e da tarde, preferencialmente de modo a que seja reduzido ou anulado o longo tempo de espera de ligação com as circulações do troço sul, que se verifica atualmente em Sernada do Vouga. 


O MCLV relembra a necessidade da rápida atenção a esta nossa reivindicação pelos seguintes motivos: 


1) O troço central da Linha do Vouga permite ligar e servir duas importantes zonas industriais do distrito de Aveiro, nomeadamente as de Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha, passando pelo pólo industrial de Travanca; 


2) Ainda que alguns apeadeiros estejam relativamente afastados das zonas de maior concentração, este troço atravessa zonas densamente povoadas; 


3) Permite aliviar o forte congestionamento de trânsito que se verifica na N1/IC2 que acompanha a linha ao longo deste trajeto; 


4) Permite que todos os pólos da Universidade de Aveiro estejam ligados por ferrovia; 


5) A ausência das agulhas (AMV's) nas estações de cruzamento, nomeadamente Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha, não interfere com a reposição das circulações existentes antes da suspensão do serviço ferroviário; 


6) Permite que a exploração turística seja estendida a toda a extensão da linha. 


Ademais, esta nossa reivindicação foi já corroborada por Frederico Francisco, ex-secretário de estado do ministério das Infraestruturas, atual deputado da Assembleia da República e especialista em ferrovia. Nas suas redes sociais, o atual deputado afirma que "não há nenhuma boa razão para que o serviço ferroviário entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga não seja retomado de imediato, após a conclusão das obras de renovação da linha", e no seu entender, "na versão mínima, o serviço rodoviário que existe hoje seria substituído por comboio", pelo que "ter um serviço ferroviário não ideal é melhor de que não ter nenhum".


domingo, 10 de agosto de 2025

Imagens incríveis da 'Rampa de Albergaria' após a sua recente renovação


No vídeo que aqui partilhamos, com uma perspectiva aérea como nunca antes visto, podemos observar uma automotora UDD 9630 a percorrer os 4 quilómetros deste verdadeiro ex-líbris da Linha do Vouga, o qual permite vencer o desnível de quase cem metros de altitude, entre Albergaria-a-Velha e Sernada do Vouga. 



Autoria do vídeo: Fernando Liberato


Anos
A idade da Linha do Vouga
98 Quilómetros
Via férrea ativa entre Espinho e Aveiro
610000 Passageiros
Média anual na Linha do Vouga

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