Movimento Cívico pela Linha do Vouga

"Estamos na luta pela Linha do Vouga. Todos nós sonhamos com algo e todos nós ambicionamos algo. Aquilo com que sonhamos e com que ambicionamos é que a via estreita tenha um futuro e não um fim. Queremos que preservem a última linha de via estreita do país, que a renovem, que lhe "limpem a cara". Não queremos que a eliminem pois faz parte da nossa história. Queremos que os nossos filhos, netos e bisnetos, possam, no futuro, desfrutar das mesmas aventuras que todos nós (ainda) podemos desfrutar. A história da Linha do Vouga é algo que tem de ser preservado, pois um país que não preserve a sua história, não é um país. A via tem um potencial turístico enorme, assim como uma afluência de passageiros que consideramos sustentável caso a oferta de comboios seja melhorada. Em Espanha, encontram-se alguns exemplos de como a via estreita pode ser rentável no século XXI, basta para isso algum dinamismo e vontade política para que isso aconteça de igual modo em Portugal."

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

A evolução do restauro da locomotiva CP9005 e o regresso da Allan CP9310 aos carris

Allan CP9310 no exterior das oficinas de Guifões, a 23 de novembro de 2024. Foto: Histórias de Comboios

A propósito da celebração do seu 47° aniversário, a APAC organizou uma viagem especial para visita ao Complexo Oficinal de Guifões. 

Foi durante esta iniciativa comemorativa, realizada no passado dia 23, que os participantes foram surpreendidos com o regresso da Allan CP9310 aos carris, onde nela puderam viajar algumas centenas de metros no interior do complexo. 

Entre outros trabalhos de relevo, também foi possível observar a evolução da recuperação da locomotiva CP9005, a qual poderá vir a ser uma mais valia para a fiabilidade da operação do Comboio Histórico do Vouga. 

Deste modo, é com grande expectativa que o MCLV aguarda o regresso destas duas composições à Linha do Vouga, tornando a sua oferta turística ainda mais robusta e apetecível. Segundo fonte da CP, a transferência destas composições estará dependente da libertação de espaço nas cocheiras de Sernada do Vouga, o que só deverá acontecer aquando da ampliação do Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga.

Fotos: Marco Cambinas

Vídeo: APAC

MCLV, 29 de novembro de 2024

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Mais de metade do troço central já está renovado

São já 15 os quilómetros que se encontram renovados no troço central da Linha do Vouga. Após quase sete meses, os trabalhos de renovação integral de via alcançaram a estação de Albergaria-a-Nova (PK 48.4).

As imagens que aqui partilhamos foram captadas durante o mês de outubro, no trajeto compreendido entre os PK's 45.8 e 48.4, ou seja, entre Branca e Albergaria-a-Nova. Como se pode observar, a via foi totalmente renovada com substituição integral de carris, travessas e balastro. Alertamos uma vez mais para o facto de que apesar de intervencionada, a via não se encontra ainda finalizada, uma vez que faltam executar os trabalhos de ataque mecânico pesado. 

Relembramos, também, que as obras do troço em questão tiveram início em meados do mês de abril junto ao PK 33.4 (Oliveira de Azeméis) e preveem a intervenção nos seus 29 quilómetros, com um prazo de execução de um ano, estando a cargo da empresa Mota-Engil Railway Engeneering SA e da subcontratada Socicarril. Os trabalhos têm decorrido em período diurno, sendo que esporadicamente se verificam também em período noturno.

Galeria de imagens


Autoria das fotos: Bruno Soares

MCLV, 5 de novembro de 2024

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Incêndio de há um mês destruiu ex-líbris da Linha do Vouga

Conhecido como a "rampa de Albergaria-a-Velha" (saber mais), este verdadeiro ex-líbris da Linha do Vouga trata-se de uma obra de engenharia ferroviária que permite vencer o desnível de quase 100 metros entre essa localidade e Sernada do Vouga, mas encontra-se completamente destruído em resultado dos incêndios que ali deflagraram há um mês.

Sem a mínima possibilidade de ali circularem comboios e sem o mínimo indício de obras de reparação. Foi assim que no passado sábado o Movimento Cívico pela Linha do Vouga se deparou com a dura e triste realidade deste troço da linha envolvido num cenário negro e de destruição. 

Embora a Infraestruturas de Portugal nos tenha informado que iria mudar a frente de obra de renovação do troço central para a zona afetada pelo incêndio, a verdade é que até à data em que captamos as imagens aqui partilhadas, não foi mudada uma única sulipa nem um único carril. 

Assim sendo, queremos aproveitar para manifestar a nossa preocupação e apelar às entidades responsáveis para que agilizem o processo de reparação deste troço em concreto, dado que continua a ser utilizado para que as automotoras que prestam o serviço comercial no troço norte se possam deslocar para a manutenção nas oficinas de Sernada do Vouga.

Galeria de imagens


Autoria das fotos: Aníbal Bastos

MCLV, 17 de outubro de 2024
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